A Durlicouros, indústria do couro localizada em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), tem se beneficiado com os projetos de inteligência logística desenvolvidos pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). A indústria, que exporta para todos os mercados mundiais, principalmente para a Ásia, deixava de utilizar o Porto de Paranaguá devido à demora na liberação de contêineres vazios para estufagem – operação que era realizada pelos armazéns retroportuários paranaenses -, optando pelo porto vizinho.
Para resolver o gargalo existente, a TCP desenvolveu um projeto especial que visa diminuir os problemas logísticos, oferecendo mais flexibilidade nas operações e as tornando mais ágeis. “A demora na liberação dos contêineres vazios para estufagem atrapalhava o fluxo da Durlicouros e, por isso, deixamos de utilizar o Porto de Paranaguá. Com o projeto de inteligência logística desenvolvido pela TCP, o problema foi solucionado”, afirma Samuel Schiefelbein Siqueira,da Durlicouros.
O diretor Superintendente Comercial da TCP, Juarez Moraes e Silva, explica que uma equipe técnica foi capacitada para realizar a vistoria e a liberação dos contêineres, e que uma área foi segregada para que a operação possa acontecer dentro do espaço primário do Terminal. “Antes, os contêineres desembarcados no Terminal eram encaminhados para armazéns retroportuários - sem vínculo com o TCP, onde eram vistoriados e só depois encaminhados para estufagem em São José dos Pinhais”, ressalta.
No novo modelo de atendimento, os contêineres desembarcam no Terminal, são encaminhados à área segregada, vistoriados e liberados para o cliente. “Com toda operação acontecendo dentro do próprio Terminal, sem o envolvimento de terceiros, não existe a necessidade de transferir os contêineres para outros armazéns. Conseguimos encurtar o ciclo operacional em até sete dias”, enfatiza o superintendente.
Além de beneficiar a Durlicouros, o projeto de inteligência logística da TCP gerou economia para os armadores - responsáveis pelo transporte dos contêineres entre o Terminal e os armazéns retroportuários. “Utilizando a área primária do terminal da TCP para a vistoria e liberação dos contêineres vazios, o armador não tem mais o custo de deslocamento até os armazéns retroportuários. É uma economia de R$ 190 por contêiner e que barateia toda a cadeia logística”, ressalta.
Tranquilidade comercial
Com o projeto de inteligência logística desenvolvido pela TCP, a Durlicouros ganhou na relação comercial e operacional. “A empresa estava totalmente sujeita àquilo que acontecesse no porto vizinho e, caso ocorresse algum problema, não teriam outra saída para exportação. Agora, abre-se um novo ponto de vazão”, analisa Juarez Moraes e Silva.
O superintendente ressalta que o embarque por Paranaguá oferece à empresa a tranquilidade comercial de que seus compromissos serão cumpridos e que ela não será penalizada caso não consiga cumprir prazos. “Isso não acontece mais porque agora contam com um fluxo mais ágil”, afirma. A operação teve início em março e movimenta cerca de 50 contêineres por mês.