Terceiro dia de viagem. O trabalho de toda a tripulação do navio segue no mesmo prumo: com organização e disciplina. O que começa a se construir entre tripulantes e civis é uma relação de cooperação, ajuda mútua.
Quando se fala em Porto de Santos logo pula em nossas cabeças sinônimos como tradição, histórias, dramas e muitas alegrias. Para alguns estivadores mais experientes, o porto significa uma parte da vida, ou ela por inteiro. Isso contrasta com o ambiente presenciado no último dia de inscrições para uma das 400 vagas no cadastro da estiva organizado pelo Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo).
Muitos jovens pensaram, ao menos uma vez na vida, em um dia pilotar um helicóptero. Ou no mínimo poder voar em um deles... Quem não fica admirado ao ver uma aeronave pairando no ar? A sensação de liberdade proporcionada pelo helicóptero exerce mesmo um poder de fascinação.
O segundo dia de comissão começou com o exercício de reabastecimento com simulação de ameaça aérea. O navio-tanque espanhol Marqués De La Enseñada deveria fornecer combustível para a fragata Rademaker sob um iminente ataque aéreo. Acompanhamos toda o evento do passadiço e da área externa, localizada no convés 2. Logo cedo, por volta das 7 horas, os oficiais de serviço se preparavam para o evento. Para nós, civis, ainda havia muito que decifrar. Na verdade, até agora, não sei bem como eles se entendem...