Por Solange Santana
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A Frente Nacional pela Volta das Ferrovias (FerroFrente) teme que a segurança no setor ferroviário seja ameaçada com a demissão, em janeiro último, de 50 funcionários da empresa Rumo-ALL, braço logístico da Cosan, que trabalhavam em manutenção na oficina de vagões de Sorocaba (SP).
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“As demissões atingiram diretamente o pessoal de recuperação de equipamentos ferroviários. Estamos preocupados com o desmonte da infraestrutura ferroviária criada principalmente com recursos públicos”, afirma José Manoel Ferreira Gonçalves, presidente da FerroFrente, que pediu providências, por meio de ofício, ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Gonçalves lembra que a ALL (América Latina Logística), em 2010, antes da fusão com a empresa de logística Rumo, “foi condenada a pagar R$ 15 milhões por manter 51 funcionários em situação degradante”. E acrescenta que a Rumo, que hoje controla a ALL, está na lista de empresas acusadas de trabalho escravo”, afirma Gonçalves. “Em 2014, o Ministério Público acusou a ALL de não disponibilizar água potável a seus trabalhadores. Empresas como a Rumo ALL não podem desprezar seus funcionários, que buscaram atender com qualidade durante anos, apesar de inúmeras dificuldades.”
Portogente entrou em contato com a assessoria de imprensa da ANTT para saber como está a situação das ferrovias brasileiras em termos de expansão, modernização, segurança, envolvendo, inclusive, a questão da mão de obra do setor.