🚨 Operação Skala: Prisões e suspeitas envolvendo o Grupo Libra e figuras do setor portuário
Conforme Portogente alertou há alguns dias, a "casa" da família Torrealba, controladora do Grupo Libra, desmoronou. Mensagens trocadas entre Gonçalo Torrealba e o coronel da reserva João Baptista Lima Filho, protagonista da atual fase da Lava Jato, possibilitaram à Polícia Federal obter indícios de irregularidades e pedir a prisão preventiva dos três comandantes da Libra.
A empresária Celina Torrealba foi detida nesta quinta-feira, 29 de março, durante a execução da Operação Skala. Também foram emitidos mandados de prisão contra Gonçalo e Rodrigo Torrealba, mas ambos ainda não foram localizados por estarem no exterior.

Outras figuras influentes no universo portuário também foram presas preventivamente na operação: Antonio Celso Grecco (Grupo Rodrimar), José Yunes (ex-assessor da Presidência e amigo próximo de Michel Temer) e Wagner Rossi (ex-ministro da Agricultura e ex-presidente do Porto de Santos). O ex-ministro dos Portos, Edinho Araújo, foi intimado a depor por ter assinado, quando estava no cargo, a prorrogação antecipada e unificação dos contratos da Libra Terminais no Porto de Santos.
Demorou, mas o cerco fechou para os protagonistas desta nebulosa história que coloca mais uma vez a gestão de Temer em apuros.

Entre as suspeitas investigadas sobre o Grupo Libra estão doações feitas por integrantes da família Torrealba nas eleições de 2014. Celina e Gonçalo doaram R$ 250 mil cada ao PMDB do Rio de Janeiro. Rodrigo, por sua vez, repassou R$ 500 mil ao diretório nacional do partido, então comandado por Michel Temer. A Polícia Federal acredita que a empresa tenha sido favorecida pelo Decreto 9.048/2017, que regulamenta a atual Lei dos Portos.
Agentes também apreenderam materiais e equipamentos na sede do Grupo Libra, no Centro do Rio de Janeiro, e no prédio da Rodrimar, localizado no Centro de Santos.