Quarta, 15 Janeiro 2025

Notícias do dia

João Pereira Coutinho, na Folha.com
Morreu Amy Winehouse e os moralistas de serviço já começaram a aparecer. Como abutres que são.
Não há artigo, reportagem ou mero obituário que não fale de Winehouse com condescendência e piedade. Alguns, com tom professoral, falam dos riscos do álcool e da droga e dão o salto lógico, ou ilógico, para certas políticas públicas.
Amy Winehouse é, consoante o gosto, um argumento a favor da criminalização das drogas; ou, então, um argumento a favor de uma legalização controlada, com o drogado a ser visto como doente e encaminhado para a clínica respetiva.
O sermão é hipócrita e, além disso, abusivo.
Começa por ser hipócrita porque este tom de lamentação e responsabilidade não existia quando Amy Winehouse estava viva e, digamos, ativa.
Pelo contrário: quanto mais decadente, melhor; quanto mais drogada, melhor; quanto mais alcoolizada, melhor. Não havia jornal ou televisão que, confrontado com as imagens conhecidas de Winehouse em versão zoombie, não derramasse admiração pela ‘rebeldia’ de Amy, disposta a viver até o limite.
Amy não era, como se lê agora, uma pobre alma afogada em drogas e bebida. Era alguém que criava as suas próprias regras, mostrando o dedo, ou coisa pior, para as decadentes instituições burguesas que a tentavam “civilizar”.
E quando o pai da cantora veio a público implorar para que parassem de comprar os seus discos – raciocínio do homem: era o excesso de dinheiro que alimentava o excesso de vícios – toda a gente riu e o circo seguiu em frente. Os moralistas de hoje são os mesmos que riram do moralista de ontem.
Mas o tom é abusivo porque questiono, sinceramente, se deve a sociedade impor limites à autodestruição de um ser humano. A pergunta é velha e John Stuart Mill, um dos grandes filósofos liberais do século 19, respondeu a ela de forma inultrapassável: se não há dano para terceiros, o indivíduo deve ser soberano nas suas ações e na consequência das suas ações.
Bem dito. Mas não é preciso perder tempo com filosofias. Melhor ler as letras das canções de Amy Winehouse, onde está todo um programa: uma autodestruição consciente, que não tolera paternalismos de qualquer espécie.
O tema “Rehab”, aliás, pode ser musicalmente nulo (opinião pessoal) mas é de uma honestidade libertária que chega a ser tocante: reabilitação para o vício? Não, não e não, diz ela. Três vezes não.
Respeito a atitude. E, relembrando um velho livro de Theodore Dalrymple sobre a natureza da adição (“Junk Medicine: Doctors, Lies and the Addiction Bureaucracy”), começa a ser hora de olhar para o consumidor de drogas como um agente autônomo, que optou autonomamente pelo seu vício particular –e, em muitos casos, pela sua destruição particular.
As drogas não se “apanham”, como se apanha uma gripe; não se “pegam”, como se pega um doença venérea; e não são o resultado de uma mutação maligna das células, como uma doença oncológica. As drogas não “acontecem”; escolhem-se.
O drogado pode ficar doente; mas ele não é um doente – é um agente moral.
Mais: como explica Dalrymple, que durante décadas foi psiquiatra do sistema prisional britânico, o uso de drogas implica um voluntarismo e uma disciplina que são a própria definição de autonomia pessoal. E, muitas vezes, o uso de drogas é o pretexto para que vidas sem rumo possam encontrar um. Por mais autodestrutivo que ele seja.
Moralizar o cadáver de Amy Winehouse? Não contem comigo, abutres.
 
Fonte: Mural na Net
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Eterno Fênomeno, Ronaldo Nazário (34) chegou a uma fase da vida em que não precisa provar mais nada a nenhum clube, seleção ou torcedor. Aposentado oficialmente dos gramados desde fevereiro deste ano, ele mostrou que pode se dar ao luxo de não estar em forma e, durante férias com o clã na ilha espanhola de Ibiza, não fez questão de esconder a barriga saliente. “Minha carreira foi linda, maravilhosa, emocionante. Tive muitas derrotas, infinitas vitórias. Fiz muitos amigos, não me lembro de ter feito nenhum inimigo”, diz o ex-jogador de futebol, que vestiu a camisa verde-amarela pela última vez no dia 7 de junho, na vitória por 1 X 0 contra a Rômenia em amistoso no Pacaembu, em São Paulo.

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Empregadores podem ser impedidos de demitir por justa causa aqueles trabalhadores que apresentem estado habitual de embriaguez dentro ou fora do serviço. A medida é prevista em projeto da Câmara dos Deputados (PLC 12/11) pronto para exame na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A proposta receberá decisão terminativaDecisão terminativa é aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis. e pode seguir diretamente à sanção presidencial se for aprovada.

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Justin Bieber e o pai  fizeram tatuagem idênticas nas costelas. De acordo com o site “In Case You Didn’t Know”, que divulgou as imagens nesta terça-feira (26), o cantor e Jeremy Bieber tatuaram a palavra “Jesus” em hebraico.

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São Paulo, 26 de julho de  2011 – A Azul Linhas Aéreas Brasileiras pediu autorização à Agência Nacional de Aviação Civil – Anac – para inclusão da 7ª frequência de voo entre o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, e o Aeroporto Internacional Tom Jobim – Galeão, no Rio de Janeiro.

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