Os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina serão reconhecidos como zonas livres da peste suína clássica durante a 83ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que teve início neste domingo (24), em Paris (França).
A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou da abertura da sessão ao lado de ministros da Agricultura dos seis continentes. A solenidade faz parte da programação da viagem oficial que a ministra fará a Paris, Bruxelas (Bélgica), Genebra (Suíça) e Londres (Inglaterra).
O reconhecimento internacional será oficializado na quinta-feira (28) pela OIE. Mas já na tarde desta segunda-feira (25) a comitiva brasileira participará de um ato no qual o diretor-geral da OIE, Bernard Vallat, formalizará a decisão.
Em fevereiro, a Comissão Científica da OIE aprovou o extenso relatório brasileiro que solicitava o reconhecimento da área.
Como zonas livres de peste suína clássica, o Ministério da Agricultura espera que Rio Grande do Sul e Santa Catarina alavanquem suas vendas de carne suína ao exterior. Atualmente, os dois estados já respondem por 68% das exportações do produto.
“Este é motivo de comemoração para o agronegócio brasileiro. O reconhecimento internacional de zona livre de peste suína clássica demonstra a responsabilidade e o cuidado que o Brasil tem mantido na área de defesa sanitária”, celebrou a ministra Kátia Abreu.
Febre aftosa
Durante sua participação na OIE, a ministra apresentará aos demais países as ações voltadas para segurança sanitária previstas no Plano de Defesa Agropecuária, lançado pela presidente Dilma Rousseff no último dia 6.
Kátia Abreu ainda destacará o trabalho que o Brasil e o restante dos países sul-americanos têm feito para tornar a América um continente livre da febre aftosa. A fim de atingir esse objetivo, a Embrapa deverá assinar com o governo da Venezuela um acordo de cooperação para erradicação da doença naquele país.
O Brasil tem a meta de erradicar a doença no país ainda em 2015, incorporando os estados de Roraima, Amapá e Amazonas à zona livre de febre aftosa com vacinação.
“Com os três estados livres, mais a Venezuela, seremos o primeiro continente a erradicar a febre aftosa do rebanho, uma conquista importantíssima para a defesa sanitária da região. Por isso, a pedido da OIE, propusemos a cooperação da Embrapa com o governo venezuelano. O acordo favorece o Brasil e toda a América do Sul”, destacou a ministra.