Quinta, 28 Novembro 2024

Dia a Dia

Leia também * Portuários não querem ser mais enrolados pela Docas do Rio de Janeiro * SEP propõe terceirização na Guarda Portuária e FNP é contra

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O engenheiro Paulo Ferraz, e especialista em transporte ferroviário de longa data, em conversa com o Portogente, lamentou as novas vítimas fatais dos trens e trilhos da América Latina Logística (ALL). Mas por trás dessa tragédia tem muito mais. Com a palavra, o senhor Ferraz: “Além das lamentáveis perdas ocorridas de empregados por acidentes de trabalho (maquinistas, manobradores, mecânicos) os relatórios da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontam, anualmente, muitos acidentes de gravidade A (de maiores consequências) com dezenas de vítimas da concessionária.”

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É quase uma peça literária ao estilo de Agatha Christie – autora britânica mundialmente conhecida pelos seus romances policiais, cheios de pistas falsas, suspenses – a dívida que a Libra Terminais deve e tem de pagar ao Porto de Santos. Quanto mais tentamos entender por onde caminham as negociações que estão “sub judice” (por que?), segundo a assessoria de comunicação da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), menos entendemos. O que era simples, se tornou complicado. E a dívida ainda não foi paga e tudo leva a crer que quem vai sair ganhando de toda essa negociação não será o maior porto do País. Quem aposta?

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Mais uma tragédia envolvendo os trens da América Latina Logística (ALL) matou oito pessoas no último domingo (24/11), em São José do Rio Preto (interior de São Paulo). O acidente coloca no centro da questão a atuação da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT). Como a agência reguladora não sabe em quais condições está a malha ferroviária do País? Não é o primeiro acidente grave e absurdo que acontece envolvendo essa mesma empresa. Todavia, a única referência oficial no site da ANTT é que serão adotadas “providências para apurar o descarrilamento de uma composição ferroviária da concessionária” com deslocamento de uma equipe de técnicos ao local do acidente.

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A lei anterior, a 8.630/1993, tinha a finalidade de descentralização do setor portuário. A legislação atual (Lei 12.815), ao contrário, veio para centralizar tudo em Brasília, fechar todas as decisões no governo. Um modelo portuário que mais cria resistência e atraso ao processo e contribui para o desalinhamento dos portos e os seus negócios. O presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, já começa um movimento nacional de resistência ao sistema. Ele defende maior articulação entre os diversos setores que atuam no porto com o objetivo de reverter o processo de centralização da administração dos portos em Brasília.

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*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

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