Os profissionais representados pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) estão preocupados com os rumos ou os trilhos das nossas ferrovias. Para tanto, realizam, nesta quarta-feira (14/10), um debate com o economista Antonio Pastori, pesquisador e entusiasta da utilização do trem como alternativa racional ao transporte dentro das cidades. Pastori fez seu mestrado, em 2005, com o tema o modal ferroviário. Em 2007, ele defendeu a tese de reativação da estrada de ferro Grão-Pará e, juntamente com o Movimento de Preservação Ferroviária (www.trembrasil.org.br). Eles vão tentar responder a pergunta: Ferrovias brasileiras: Quo vadis?. Para onde vão as nossas ferrovias?
O livro apresenta 26 megatendências que devem moldar o contexto mundial até 2030 nas áreas de população e sociedade, geopolítica, ciência e tecnologia, economia e meio ambiente, segundo a perspectiva de entidades e personalidades de prestígio internacional. Quais as oportunidades e as ameaças para o Brasil que essas megatendências mundiais trazem? Qual deverá ser o posicionamento do Brasil frente a essas megatendências mundiais? Esses são alguns dos questionamentos levantados pelos autores, que deverão ser respondidos com base na análise das 202 sementes de futuro apresentadas na obra.
Em entrevista à agência de notícias da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o gerente-executivo de Comércio Exterior da entidade, Diego Bonomo, falou da frustração do Brasil ficar de fora do mais moderno acordo de livre comércio, segundo ele. No dia 5 de outubro último, Estados Unidos e Japão fecharam com outros 10 países a Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), em Atlanta. O “mega-acordo” altera a dinâmica do comércio mundial e terá impacto no País. Bonomo explica que, a partir de agora, os países do novo bloco vão dar preferência para trocar mercadorias entre si. “Em algum grau, haverá desvio de comércio”, avalia. Fazem parte do TPP: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Estados Unidos, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã.
Em palestra recente, o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, discorreu sobre as hidrovias brasileiras; o complexo hidroviário da região amazônica; o transporte de carga e o transporte de passageiros; a evolução da produção de grãos e sobre os novos investimentos para o setor. O diretor disse que houve uma melhoria da qualidade das embarcações e do serviço prestado e a evolução na utilização do serviço: “Nota-se um crescimento paulatino na utilização do modal hidroviário brasileiro.” Reforçou, no entanto, a necessidade de mais investimentos públicos e privados para estimular o desenvolvimento e o desempenho do setor. Nesse sentido, destacou a importância de eventos como este da Sobena, para levantar questões, debater e convocar todos os envolvidos a defenderem o setor hidroviário junto ao Governo Federal.
Em março de 2016, o Mercosul completará 25 anos de vigência e não se pode dizer que tenha sido um mau passo da diplomacia comercial brasileira a adesão ao tratado. A lembrança antecipada da data é do presidente da Fiorde Logística Internacional, Milton Lourenço. Para o empresário brasileiro, em linhas gerais, mesmo com altos e baixos, o Mercosul atendeu aos interesses do Brasil. "Basta ver que, desde 2010, o bloco tem sido o principal fornecedor de bens de capital para a Argentina, com o Brasil sendo responsável por 90% dessas exportações."