Quinta, 28 Novembro 2024

A 22ª edição da Intermodal South America se tivesse de terminar na terça-feira (5/04) já teria valido a pena. Afirmamos isso porque no dia, no maior evento das Américas para os setores de transporte de cargas, logística e comércio exterior, foi lançado o movimento “Trilhos pelo Brasil”, que tem como objetivo definir uma pauta que realmente identifique os gargalos das ferrovias para a formatação de uma carta ao governo, com ações e sugestões para uma efetiva solução para os problemas do segmento.

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O movimento é composto por mais de 350 executivos do setor ferroviário, entre eles estão empresários, professores, políticos, especialistas e estudiosos, que concordam com a necessidade de mudanças que tragam mais eficiência nas operações ferroviárias do país.

Segundo o diretor executivo da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) e presidente de Seção da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Rodrigo Vilaça, esse movimento começou com base em um questionamento. “Questionamos porque o sistema está travado e porque as ferrovias não vão além do imaginado. A partir desse princípio, nos reunimos e nos dividimos em seis temas que consideramos primordiais: transporte de cargas, transporte de passageiros, marco regulatório, linhas curtas, investimentos e, o principal deles, porque os projetos já existentes estão sofrendo tantas interferências”, afirma.

Vilaça pontua que para se construir uma ferrovia no Brasil hoje, é necessária a interlocução de cerca de 40 agentes diferentes, uma burocracia exagerada, que faz o processo ser muito mais lento do que deveria, e reforça o que precisaria ser feito, inicialmente, para destravar o setor. “A princípio, o país precisaria de R$ 3 bilhões de investimentos, anualmente, para que possamos começar o processo de recuperação do sistema ferroviário brasileiro. Ao total, seriam necessários cerca de R$ 281 bilhões para fazer o segmento voltar a funcionar como deveria”, conclui.

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*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

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