Passada a festa da vitória do Brasil sobre a Coréia do Norte, as atenções com interesse no negócio de líquido à granel no Porto de Santos, em São Paulo, se voltam para uma outra também renhida disputa, para arrendamento de área visando a movimentação e armazenagem de granéis líquidos e produtos químicos.
A dragagem de aprofundamento realizada no trecho chamado de Superporto do Porto de Rio Grande, no extremo sul do Brasil, apresenta os primeiros resultados positivos. O porto gaúcho registrou no último domingo (06) o maior volume de carga já operado em um único navio graneleiro, com 64.073.420 toneladas de soja embarcadas no navio Apostolos D.
Apesar de dispor do Oceano Atlântico, uma via expressa pronta e de grande capacidade, a cabotagem no Brasil sofre com a falta de portos adequadamente estruturados e com limitações em sua frota de embarcações. Os custos do combustível e de construção de embarcações estão no cerne dos debates que buscam desenvolver essa importante atividade no País.
Os estudos que o Ipea está lançado durante esses dias tentam fazer uma radiografia apurada dos setores de infraestrutura do País. Os portos, segundo o instituto, estão ruins em eficiência, e as ferrovias não ficam atrás. Os dois setores estão ruins de forma igual.
O estudo Portos brasileiros: diagnóstico, políticas e perspectivas, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), lista vários problemas dos principais portos brasileiros. Um dos itens que chama atenção é o tópico sobre gargalos logísticos. O coordenador de Desenvolvimento Urbano do Ipea e um dos autores do estudo, Bolívar Pego, apresentou nove itens considerados os mais problemáticos.