A presidenta Dilma Rousseff, nesta terça-feira (31/3), em entrevista à agência Bloomberg News, confirmou o que vários especialistas têm observado aqui no Portogente: o futuro do comércio exterior passará, necessariamente, pelos portos do Norte e Nordeste, que estão sendo expandidos e construídos dentro de um perfil moderno, diferentemente dos portos mais antigos nacionais que ficam, em sua grande maioria, na região Sudeste e Sul.
Há exatamente cinco anos, o ex-ministro Pedro Brito anunciava o início da dragagem no Porto de Santos (SP) para implantar uma profundidade de 17 metros para a navegação. No entanto, esforços hercúleos pela Ssecretaria de Portos (SEP) têm sido insuficientes para conseguir que navios com calado de 13,5 entrem no complexo portuário santista, limitado aos 13,2 metros.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, já avisou: “Não há clima de confiança para investimento.” A declaração foi feita após os resultados do Produto Interno Bruto (PIB), na última semana. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014, enquanto a indústria de transformação amargou queda de 3,8% no ano passado. Para o empresário, nessa toada, será difícil alcançar uma recuperação neste ano e até em 2016.
Eis que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) informa que fará sua primeira pesquisa para verificar o grau de satisfação dos usuários dos principais portos organizados. O levantamento é de abrangência nacional. A pesquisa tem como objetivo conhecer a percepção das empresas sobre os serviços que lhes são prestados nos portos. Esperamos que tal pesquisa mostre o “mapa” real de satisfação e insatisfação do setor portuário tupiniquim.
Os governos do Brasil e dos Estados Unidos assinaram um memorando que prevê a assinatura de um acordo que vai estimular setores econômicos que tenham condições de avançar comercialmente por meio de políticas de facilitação, além de estabelecer ações concretas em parceria com o setor privado para simplificar ou reduzir exigências e burocracias. Com isso, os dois governos pretendem reduzir custos e prazos do comércio bilateral, expandindo-o. O destaque é do presidente da Fiorde Logística Internacional, Milton Lourenço. Tal medida exige que o Brasil melhore a sua capacidade de fazer com que as mercadorias, que entram e saem, circulem com mais eficiência e eficácia – isso esbarra, necessariamente, em termos um conjunto logístico impecável. Ou seja, governos e iniciativa privada precisam se acertar e correr muito.