Desde a época de parlamentar, a hoje ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) sempre foi critica da logística brasileira. Por isso néao causou tanto estranhamento vir dela posicionamentos mais incisivos sobre os desafios do transporte de cabotagem no Brasil, durante o 1 º Workshop da Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem (Frenlog) do Senado, nesta quarta-feira (19/8). O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, também participou da reunião da Frenlog, presidida pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT).
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À plateia formada por representantes de agências reguladoras, ministérios, iniciativa privada e parlamentares, Kátia Abreu afirmou que a cabotagem é o “desafio de maior importância para o setor de logística atualmente no País”. Abreu apontou algumas medidas de curto prazo que, se adotadas, representariam economia de 18% no custo da cabotagem, tema ao qual dedicou parte do seu primeiro mandato como senadora. A isonomia no combustível foi um dos pontos destacados, uma vez que a cabotagem não tem isenção de PIS e Cofins, benefício que é concedido ao transporte de longa distância.
A ministra defendeu também a aplicação do resultado do trabalho realizado pela Comissão Nacional para Assuntos de Praticagem, a redução da burocracia e a adequação da tripulação ao porte dos navios. “Como posso ser competitiva se quem dita a quantidade de pessoas a trabalhar no meu navio é o governo brasileiro? Precisamos romper esse corporativismo e reverter essa imposição de mão de obra”, afirmou.
Para a ministra, a melhora da logística e do transporte no Brasil interessa a todos os cidadãos, porque representa preços mais baixos ao consumidor final. “Então, temos que nos obstinar nesse assunto e resolver os gargalos. O governo federal tem toda a disposição em fazer isso. A presidente Dilma Rousseff está imbuída em superar as dificuldades com um grande plano de concessões de mais de R$ 180 bilhões em financiamentos. Agora, temos luz no fim do túnel”, observou.