Nova crise a ser administrada pelo governo de Dilma Rousseff. O ministro da Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, não só pisou no tomate, mas na feira inteira na última semana. Em evento no dia 1º último, o ministro culpou os engenheiros brasileiros, que para ele são “ruins”, pelo atraso nas obras em seis dos 12 aeroportos nacionais em capitais que receberão a Copa do Mundo. Diz ele que os "projetos que pegamos para executar são muito ruins, e temos refazer todos eles.” E prossegue na crítica: "Temos uma geração inteira de engenheiros nos anos 1970 e 1980 que saíram da faculdade direto para o mercado financeiro, então há uma carência de profissionais experientes e qualificados nessa área. Os jovens não saem bem formados da faculdade e os projetos são muito ruins.”
Um porto não é feito apenas de cargas a granel ou em contêiner, tem nele os trabalhadores que desenvolvem vários tipos de atividades para manter o comércio exterior brasileiro pulsante, para não parar a movimentação de embarque e desembarque, ligando a economia de vários países. Ao contrário das cargas, estes têm voz e lutam pelos seus direitos. É o que atesta, nos últimos dias, o maior porto do País, o de Santos, ou, mais especificamente, a sua Autoridade Portuária, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Os sindicatos dos operários portuários (Sintraport) e dos estivadores paralisarão as duas margens do Porto de Santos (litoral paulista) e a entrada da cidade, na terça-feira (5), das 7 às 13 horas. É o que garantem as lideranças sindicais das duas categorias. O alvo do protesto é a Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport) e um alerta ao prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), dizem os dirigentes Claudiomiro Machado ‘Miro’ (Sintraport) e Rodnei Oliveira da Silva ‘Nei’ (estiva).
Após 22 anos de operação no Porto de Santos (litoral paulista), a Deicmar – terminal especializado no atendimento a navios que operam no sistema roll-on-roll-off – pode perder o arrendamento com o fim do seu contrato, que ocorre em maio de 2014. A área – de 74 mil m² e 1 mil m² de armazém – será licitada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em condições que não agradaram a empresa, que tentou até suspender o processo, sem sucesso.
Enquanto a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras não decola, apesar de ter recolhido 199 assinaturas e sido protocolada no dia 22 de maio último na Câmara dos Deputados, e um dos autores da CPI, o parlamentar Leonardo Quintão (PMDB-MG) – que foi preterido por Antônio Andrade para assumir o Ministério da Agricultura, mas hoje é relator do projeto do Código da Mineração –, a batida contra os negócios petrolíferos brasileiros está nas mãos dos petroleiros.