O senador Blairo Maggi (PR-MT) disse que, se o governo tivesse proposto há 60 dias as mudanças que propõe agora, como a recriação da CPMF, talvez elas tivessem sido aprovadas. Mas agora, ele acha a aprovação das medidas muito difícil, porque os cortes que o governo oferece em troca do aumento de impostos são insuficientes.
É triste ver a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), administradora do maior porto do País, jogar 13 anos em que labutou na Justiça e ganhou o direito de receber uma dívida do Grupo Libra Terminais. Muitas dúvidas rondam esse período, principalmente os últimos anos, ou meses. Poderíamos perguntar: qual foi o advogado da companhia que assinou esse acordo deplorável, que zera todo o esforço jurídico? Como ficará a dívida que já rola mais de 13 anos, caso a Libra frustre o juízo arbitral? A Codesp entrará com novo processo na Justiça, serão mais quantos anos de espera?
Quanto mais se tem informação sobre o caso da dívida-eterna do Grupo Libra Terminais com o Porto de Santos mais se levanta um cheiro nauseabundo, para dizer o mínimo. Internautas especialistas no setor indagam ao Portogente: “A diretoria da Codesp [Companhia Docas do Estado de São Paulo] e seu departamento jurídico comunicaram à Secretaria de Portos (SEP), ao Tribunal de Contas das União (TCU), à Advocacia-Geral da União (AGU) e à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) o teor integral da decisão do juiz Wilson Zahuy, que dava a vitória à Autoridade Portuária no caso dessa dívida?” Quem quiser refrescar a memória basta ler nossa matéria, publicada em abril de 2004, sob o título “Codesp ganha disputa contra Libra Terminais”.
Nos últimos tempos, muito se fala nas novas poligonais dos portos brasileiros. A questão, nos portos do Paraná, tem rendido uma boa polêmica. O especialista no setor, Daniel Lucio Oliveira de Souza, em artigo recentemente publicado no Correio do Litoral, ironizou, com maestria, o tema. “Você é a favor ou contra o novo desenho da nova poligonal portuária? “Depende”, serão muitas respostas. “Não sei…”, serão outras.”
A consultoria empresarial FTI Consulting fez um levantamento do setor rodoviário nacional e oportunidades de desenvolvimento. Atualmente, no Brasil, já estão em operação mais de 50 concessionárias, que injetaram um total de R$ 16 bilhões nos últimos 15 anos, segundo a consultoria. Recentemente, o governo brasileiro anunciou que espera atrair investimentos da ordem de R$ 66 bilhões em concessões de rodoviárias.