O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) no Porto Organizado do Itaqui, em São Luís (MA), inagurado em agosto último, nasce com o objetivo estratégico de desafogar a logística concentrada no Sul do País e baratear o escoamento da produção nacional. Segundo o governo, Itaqui diminui o tempo até Roterdã (Holanda), onde se chega até o mercado europeu. E também permite, pela localização do Maranhão, acesso mais rápido aos portos da Ásia via o Canal do Panamá. Os principais estados beneficiados com a obra são Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia e nordeste do Mato Grosso.
Foto: Isac Nóbrega/PR
O presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Ted Lago, destaca que o Tegram reequilibra a questão entre onde são produzidos os grãos e por onde são escoados. “Mais da metade da produção dos grãos do Brasil já é produzida na região Centro-Norte e quase 80% dessa produção ainda são escoados pelo portos do Sul e Sudeste”, diz.
Ao todo, o Consórcio Tegram já investiu R$ 640 milhões na construção do terminal que conta com quatro armazéns, cuja capacidade de armazenagem estática é de 500 mil toneladas de grãos (125 mil toneladas cada), e com modais ferroviários e rodoviários para receber a produção de grãos. Desde o final de julho, o terminal tem um ramal que liga o terminal à Ferrovia Norte-Sul, com capacidade para receber composições de até 80 vagões carregados com cerca de 7 mil toneladas.
As operações do Tegram já iniciaram. O primeiro navio atracou no porto em março deste ano e já foram exportadas 1,4 milhão de toneladas de soja. Atualmente, ele recebe de 500 a 530 caminhões por dia, um movimento que deverá aumentar, em curto prazo, para até 800 veículos ao dia para descarregamento de cerca de 32 mil toneladas de grãos em oito tombadores de caminhões.