O senador Blairo Maggi (PR-MT) disse que, se o governo tivesse proposto há 60 dias as mudanças que propõe agora, como a recriação da CPMF, talvez elas tivessem sido aprovadas. Mas agora, ele acha a aprovação das medidas muito difícil, porque os cortes que o governo oferece em troca do aumento de impostos são insuficientes.
Na avaliação do senador, a população e o Congresso Nacional dificilmente aceitarão a CPMF se o governo não tomar atitudes mais firmes para diminuir os gastos públicos, reduzindo o número de ministérios, de comissionados, de passagens e de diárias, por exemplo.
Para Blairo Maggi, somente assim se poderia dizer ao brasileiro que o governo fez efetivamente o que deveria fazer para que, então, cada um contribua para o país sair da crise. "O que não podemos é jogar mais uma vez a oportunidade fora. O governo precisa fazer um corte. E nós não vamos sair da crise com pacotes paliativos. Temos que ir ao cerne da questão, discutir o tamanho do governo. Já disse aqui várias vezes: o nosso governo não cabe no nosso orçamento. As malas que temos que levar não cabem no porta-malas de nosso carro e temos que viajar; temos, então, que deixar alguma coisa de fora. E isso não é só para o governo, é para todo mundo", afirmou.