Sexta, 26 Abril 2024

Vozes no Palácio do Planalto contam que setores do governo encontraram dificuldade para conter o movimento dos caminhoneiros autônomos, porque não havia uma liderança centralizada. No furdúncio, foi emblemático o fechamento dos acessos aos portos, por onde passa muita produtividade econômica. Greve dos caminhoneiros teve papel significativo no golpe de estado que, em 11 de setembro de 1973, derrubou o governo eleito de Salvador Allende, Chile.

Quem estava na rede Whatsapp de sindicatos de transportes, dias antes da paralisação que parou várias rodovias brasileiras a partir do dia 18 de fevereiro último, ficou impressionado com a velocidade com que se deu a mobilização da categoria a partir de suas bases. O guru da sociologia digital Manuel Castells escreveu que as redes de Internet e de telefonia celular não são apenas ferramentas, mas formas organizacionais e plataformas específicas para a autonomia política. E foi o que aconteceu: os caminhoneiros, sem capacidade suficiente de mobilização ampla, conseguiram, em poucas horas, impactar centros de abastecimento urbano e dificultar ainda mais o acesso a importantes portos do País. O cenário era de oportunidade e de oportunismo, mas trouxe um alerta.

Ler também
Paralisação dos caminhoneiros: óleo diesel é apenas a ponta do iceberg
Planejar; sim! Mas do que se trata?
Do vício Antaq à criação da Agência Nacional dos Transportes

Na ponta desse iceberg podem ser pendurados outros movimentos. Em sua montanha submersa está a crise do governo Dilma, que tende a piorar a partir da divulgação da lista de políticos envolvidos na Operação Lava-Jato. O momento é de mais políticas com P maiúsculo para fazer o Brasil crescer, com perspectivas e horizontes, para dar vida às empresas e bem estar às pessoas, e, assim, inibir as causas místicas.

Portanto, convém tratar os portos como meios para a globalização, por onde passam 90% do comércio mundial e têm papel de nó dinâmico nas redes internacionais de produção/distribuição. É o que ensina o crescimento da China, que tem 11 dos seus portos entre os 20 maiores do mundo, por movimentação de carga. Por analogia, promover produtividade aos portos brasileiros é um modo adequado de fomentar o papel do transporte como fator de desenvolvimento econômico – tão urgente. Todavia, pouca coisa acontece.

A comunidade portuária e o setor produtivo do Brasil quer mais do que chá com torradas. Quer ver ações que estimulem o seu espírito animal e contribuam para reverter o espectro de crise econômica que impregna o cotidiano dos brasileiros. Com a palavra o ministro Edinho Araújo.

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

Deixe sua opinião! Comente!
 

 

 

banner logistica e conhecimento portogente 2

EVP - Cursos online grátis
seta menuhome

Portopédia
seta menuhome

E-book
seta menuhome

Dragagem
seta menuhome

TCCs
seta menuhome
 
logo feira global20192
Negócios e Oportunidades    
imagem feira global home
Áreas Portuárias
seta menuhome

Comunidades Portuárias
seta menuhome

Condomínios Logísticos
seta menuhome

WebSummits
seta menuhome
 

 

 

ecoporto