Um tempo de práticas ambientais, sociais e governança (ESG)
Finalmente, a Câmara Municipal de Santos aparece para cumprir o seu papel de guardiã da população, hoje ameaçada pelo Porto de Santos, junto ao qual está fundeado o popular navio bomba. Trata-se de um terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL), com potencial de explosão de bombas atômicas e situado próximo a duas áreas de terminais de líquidos inflamáveis: o Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa (TEGLA) e o terminal de granéis líquidos da Ilha do Barnabé. Riscos intrínsecos às substâncias químicas, por si só e em cadeia.
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O convite da Comissão de Assuntos Portuários, Marítimo, Indústria e Comércio, para uma audiência pública às 19 horas, do próximo 15 de abril, na Câmara Municipal, não pode se transformar em um ato festivo estimulado pela proximidade das eleições municipais. Pois “a instalação e operação de navio de gás (navio bomba), no Porto de Santos,” é assunto denunciado por este Portogente desde 16-2-2021, em entrevista da jornalista Vera Gasparetto. No âmbito portuário, esse processo precisa de luz de sol, para expor a real e aterradora estratégia comercial, bem como os motivos da nefasta indiferença da Autoridade Portuária, ao permitir esses navios navegarem no seu canal.
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Além do potencial de explosão da ordem de bombas atômicas, os gases podem apresentar riscos adicionais, por exemplo, inflamabilidade e toxicidade, entre outros. Na condição de explosão em cadeia, encontram-se os terminais STOS-8, e STOS-8A, em processo de aprovação pela Autoridade Portuária, na área de Alemoa. Uma evidente demonstração da baixa eficácia da comissão parlamentar de Assuntos Portuários, Marítimo, Indústria e Comércio, no que diz respeito ao principal porto do hemisfério sul.
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Ante o enorme perigo a que está exposta a população da área insular de Santos, poucos cidadãos subscreveram o abaixo-assinado que circula na Internet, para dizer não ao navio bomba nas águas do Porto de Santos. Confirma o versículo bíblico: “do que se queixa o homem, senão dos próprios males.” Entretanto, é dever cívico dessa sociedade lotar a sua Câmara Municipal na noite da próxima segunda-feira e mostrar que a cidade tem história de vitórias, e não poucas, na defesa do seu porto.
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E mais, a vereadora Zeny de Sá Goulart, também tem o dever político de encaminhar ao Ministério Público, as gravíssimas denúncias do senador Alexandre Luiz Giordano Filho (MDB), que circularam na web e jornais de grande público, envolvendo propinas em contratos do Porto de Santos. Acusam o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini e o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, (Republicanos). São temas de autorizações que ameaçam a relação harmônica porto e cidade de Santos, portanto, ao progresso municipal.
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