A atividade portuária deve satisfazer objetivos comerciais internacionais e ter responsabilidades ambiental, social e governança com o meio que ela impacta.
A Baixada Santista elegeu 3 deputados federais cujas trajetórias políticas na região têm um histórico comprometido com o Porto de Santos. Rosana Valle reelegeu-se e sua participação nas questões portuárias são conhecidas. Nesse contexto, o ex-prefeito de Praia Grande Alberto Mourão defende, no Portogente, a construção do porto oceânico na Ponta do Itaipú, na cidade da qual foi prefeito por cinco vezes. Paulo Alexandre Barbosa, ex-prefeito de Santos, ao que parece também estará favorável à desestatização.
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Sem sombra de dúvida, a comunidade do Porto de Santos fica mais fortalecida no âmbito federal. Quando o ministro da Infraestrutura Marcelo Sampaio promete o edital da concessão para este ano, ocorre naturalmente o alinhamento de forças em um bloco portuário de deputados federais, do principal porto do Hemisfério Sul. Uma capacidade relacional que irá permitir influenciar no Congresso, favorecendo interesses regionais, as decisões envolvendo o futuro desse complexo portuário. .
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É importante destacar a qualidade desse bloco para articular diálogos e valores diferentes no processo democrático. Visto que a privatização da gestão do porto, que se faz necessária para a produtividade, deve se constituir em uma solução de estabilidade trabalhista, logística e econômica. Assim, atrair investimentos intensivos para viabilizar projetos como o túnel submerso, o porto oceânico, hidrovias e desenvolvimento, na direção do Porto do Futuro de Santos.
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Dessa forma e no seu sentido geral, é uma estruturação de poder local, como capacidade de perseguir e alcançar metas, para impulsionar as melhorias na velocidade e eficiência das operações portuárias. Nesse horizonte, há muitas pontas soltas que poderão ameaçar a legitimidade do processo de desestatização, como ora proposto. Por isto, convém que essa decisão tenha uma participação política ampla, encontre ponto comum e supere impasses atendendo aos interesses da sociedade.
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Quanto à eficácia duvidosa do edital de concessão, lançado sem definição do próximo governo, expõe um objetivo claro de marketing para o 2º turno da eleição presidencial. Tendo em vista a dimensão do negócio em jogo e as dificuldades enfrentadas na desestatização do Porto de Vitória (ES), incomparável ao de Santos, essa desestatização não ocorre este ano. Entretanto, ela precisa acontecer em 2023.
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