Sexta, 22 Novembro 2024

No Rio de Janeiro, Brasil, em 1992, a primeira Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ECO-92, é o marco do atual debate do futuro do planeta.

A forte transição energética que vem ocorrendo nos principais portos do mundo, com a participação de importantes parceiros financeiros, é um sinal inconteste da prioridade em reduzir as emissões de gazes de efeito estufa (GEE) e adotar práticas sustentáveis. Por seu amplo papel logístico, os portos têm possibilidades relevantes no processo de descarbonização, tanto na sua atividade quanto na sua cadeia de suprimento. Esta Semana do Meio Ambiente é um imperativo para conhecer e debater o programa do ministério da Infraestrutura- Minfra para descarbonização dos portos brasileiros.

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Na última sexta-feira (3/6), em Valência, Espanha, o estudo conjunto das Organização e Federação de Portos Marítimos e Interiores da Europa (ESPO-EFIP), sobre as implicações da mudança do cenário energético nos portos da Europa, foi apresentado e divulgado nessa Conferência Anual da ESPO. O objetivo desse estudo é traçar uma imagem abrangente do impacto da transição energética nos portos europeus, considerando o ordenamento do território e necessidade de infraestrutura. Com destaque, o papel da Autoridade Portuária.

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Pela importância dos oceanos no clima e vida no planeta é oportuno também alertar sobre a probabilidade da contaminação por água de lastro. Utilizada para dar estabilidade ao navio, compensando a insuficiência de carga para navegar no calado de projeto, essa água, quando captada em águas distantes e despejada sem tratamento prévio em portos brasileiros, pode trazer organismos. Já foi detectada a presença de até 5,4 milhões de bactérias por litro e, inclusive, do agente da cólera.

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As questões do gás de efeito estufa e da poluição das águas são diversas, quanto são os portos e respectivas logísticas. Portanto, a solução deve estar no âmbito de cada porto brasileiro mudar o modo de fazer as coisas, inovando a atividade portuária para utilizar energia limpa e renovável, reciclagem de material descartado e tratamento de água de lastro nos portos. Isto fomenta uma economia verde, da produção sustentável, lastreada em títulos verdes e meta na neutralidade de carbono.

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Essa realidade adentrou o século XXI a partir da Rio92 da ONU e vem transformando o mundo nos parâmetros da ESG, sigla correspondente à Sustentabilidade, Social e Governança, em português. Uma ampla transição está em curso no contexto institucional dos setores portuário e financeiro. Um caminho sem volta para um patamar tecnológico e operacional, tão alto quanto foi o salto para o porto de hoje, a partir dos antigos portos romanos.

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