Sexta, 19 Abril 2024

O Portus, Instituto de Seguridade Social da categoria portuária, está sendo alvo de diversas ações judiciais que buscam reverter o reajuste das contribuições mensais de empregados ativos, aposentados e pensionistas. O aumento triplica os valores pagos por eles e pelas patrocinadoras - companhias docas e outras administradoras portuárias. O Portus está sob intervenção federal desde agosto de 2011 e o atual déficit gira em torno de R$ 3,5 bilhões.

atopublicorio3

Um desses processos judiciais foi impetrado pelo Sindicato dos Guardas Portuários do Estado do Pará e do Amapá (Sindiguapor) e acabou sendo deferido no último dia 11 de abril por Silvio César dos Santos Maria, juiz de Direito Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial de Belém, capital paraense. A Federação Nacional dos Portuários (FNP) comemora esta como a primeira vitória para reverter o reajuste, considerado abusivo e irreal diante dos vencimentos da maior parte dos associados ao plano de previdência complementar.

Na decisão do processo 0826849-52.2018.8.14.0301, o juiz determina que seja interrompida "até o julgamento final da ação a implementação do plano de equacionamento de déficit da Portus (assim como dos outros que virão, se for o caso, nos próximos anos, originados nos mesmos fatos discutidos na presente ação), isso na parcela atinente à cobrança de contribuições extraordinárias dos participantes, ora substituídos (mediante descontos ou criação e cobrança de contribuições) verbas que não são por eles devidas, sob pena de multa mensal de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por desconto efetuado em descumprimento da presente medida, por pessoa/funcionário prejudicado, representado pelo autor".

Leia também
- Sindaport vai à Justiça em defesa dos participantes do Portus em Santos
- Federação dos Portuários aciona Justiça contra reajuste na contribuição do Portus

Os associados ao Portus de outros estados do Brasil continuam na expectativa de que o aumento imposto pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão seja revisado, diante da aproximação do fechamento da próxima folha de pagamento. Em sua decisão, o juiz Silvio César destaca a apreensão da categoria, lembrando que o reajuste de mais de 200% certamente atingirá a subsistência de parte dos trabalhadores. Há, ainda, contribuintes desistindo do plano mesmo após décadas de contribuição, perdendo o direito da previdência complementar para a qual contribuíram - o total dos pagamentos de alguns deles se aproximam da faixa de milhão de reais. Os portuários consideram que a União é a herdeira da dívida da extinta Portobrás e precisa arcar com a responsabilidade pelo gigante déficit. O processo inicial de cobrança à União por estes custos é de 1999 e, apesar de claras evidências dos prejuízos causados ao plano de benefício, se arrasta lentamente. 

 

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s
Deixe sua opinião! Comente!
 

 

 

banner logistica e conhecimento portogente 2

EVP - Cursos online grátis
seta menuhome

Portopédia
seta menuhome

E-book
seta menuhome

Dragagem
seta menuhome

TCCs
seta menuhome
 
logo feira global20192
Negócios e Oportunidades    
imagem feira global home
Áreas Portuárias
seta menuhome

Comunidades Portuárias
seta menuhome

Condomínios Logísticos
seta menuhome

WebSummits
seta menuhome
 

 

bruno merlin

Bruno Merlin


Bruno Merlin é redator e jornalista especializado nos temas logístico e portuário. Graduado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), há dez anos colabora com o Portogente, além de publicar reportagens em outros veículos como Folha de S. Paulo, SBT/VTV e Revista Textilia.

E-mail: brunomerlin@portogente.com.br