Sexta, 19 Abril 2024

O Fórum Internacional de Transportes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) lançou um estudo analisando as opções para zerar as emissões de gases de efeito estufa do transporte marítimo. Esta é a opção mais ambiciosa na mesa das negociações da Organização Marítima Internacional (IMO) que se iniciaram em 3 de abril e que devem resultar no maior acordo climático de 2018.

Navio poluição

A conclusão do estudo é que é possível descarbonizar quase completamente a navegação marítima até 2035, contradizendo os argumentos dos países que lutam para manter a permissão para poluir para o transporte marítimo. Entre eles, o Brasil, que nessas negociações defende que não haja um limite absoluto, argumentando que isso prejudicaria o comércio mundial. O relatório desmonta esse argumento ao mostrar que a meta de carbono zero é factível com tecnologias já conhecidas e usadas.

O Brasil também ficou mais isolado após a assinatura por 44 países da Declaração Tony de Blum em favor da descarbonização do transporte marítimo. Essa declaração cria o maior grupo de dentro das negociações da IMO.

Se fosse um país, a indústria naval seria o sexto maior emissor de CO2 do mundo. Se nada for feito, as emissões de CO2 do transporte marítimo podem crescer até 250% até 2050, segundo a IMO, impulsionadas pelo crescimento esperado no comércio mundial.

A implantação de todas as tecnologias atualmente conhecidas poderia permitir a quase completa descarbonização do transporte marítimo até 2035, de acordo com um novo relatório publicado pelo Fórum Internacional de Transporte (ITF) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Quatro diferentes caminhos de descarbonização examinados pelo estudo reduziriam as emissões de CO2 dos navios internacionais entre 82% e 95% abaixo do nível atualmente projetado para 2035. Essa redução é igual às emissões anuais de 185 usinas termoelétricas a carvão.

• Combustíveis alternativos e energia renovável podem fornecer muitas das reduções necessárias. Os biocombustíveis atualmente disponíveis devem ser complementados por outros combustíveis naturais ou sintéticos, como metanol, amônia e hidrogênio. Assistência da energia eólica e a propulsão elétrica mostraram que podem trazer reduções adicionais.

• Medidas tecnológicas para melhorar a eficiência energética dos navios podem render uma parte substancial das reduções de emissões necessárias. As opções já maduras do mercado incluem, entre outras, melhorias no design do casco, lubrificação do ar e arcos bulbosos.

• Melhorias operacionais, como velocidades mais lentas para os navios, coordenação mais suave entre navios e portos e uso de navios maiores e mais eficientes, podem trazer importantes reduções adicionais de emissões.

O relatório recomenda:
• estabelecer uma meta clara e ambiciosa de redução de emissões para impulsionar a descarbonização do transporte marítimo;
• apoiar a realização de metas de redução de emissões com um conjunto abrangente de medidas políticas; e
• fornecer incentivos financeiros inteligentes para promover a descarbonização da navegação marítima.

"A certeza sobre o caminho de descarbonização desejável para o transporte ajudará a impulsionar a mudança", disse Olaf Merk, especialista em portos e navegação da ITF. "A orientação clara dos governos é, portanto, essencial para acelerar a transição para o transporte de carbono zero".

O trabalho para o relatório foi realizado com o apoio da European Climate Foundation.

Faça o download gratuito do último relatório do IFT "Descarbonizando o Transporte Marítimo: Caminhos para o transporte de carbono zero"

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