O setor agrícola no Brasil tem experimentado, nos últimos anos, um processo de desenvolvimento com valores expressivos de produção e as perspectivas de crescimento são promissoras. Portanto, trata-se de um setor estratégico para impulsionar a economia e aumentar a participação brasileira no mercado externo. A soja e o milho estão entre os produtos agrícolas brasileiros que apresentam os maiores volumes produzidos e possuem destaque na balança comercial brasileira, desse modo, torna-se um ponto relevante na eficiência da cadeia produtiva destes granéis, avaliar a infraestrutura dos corredores logísticos de escoamento de grãos.
Grandes são os desafios e gargalos logísticos para fazer se chegar à produção de soja e milho da região Centro Oeste, Norte e Nordeste até os portos principalmente os do Arco Norte, o cenário atual e as possibilidades futuras de incremento e aumento dos volumes a serem escoados e exportados pelos portos da saída Norte. Conclui-se que, com as atuais políticas de desenvolvimento o potencial existente nos portos do Norte e Nordeste tem sustentado as expectativas que antes tendiam a uma incerteza, agora é uma realidade mesmo que aquém da realidade necessária em volto a necessidade de redução de custo logístico a médio e longo prazo, com o total asfaltamento da BR-163, a construção da Ferrogrão, uma melhor utilização dos rios da região pelo modal hidroviário, participação incisiva do governo federal na avaliação dos impactos ambientais, feito isso podemos esperar um grande fluxo para exportação e armazenamento de grãos.
É evidente a necessidade de investimentos em curto prazo, planejamento para toda fronteiras agrícola que são contempladas pelo corredores de exportação que exercem importância econômica no escoamento de grãos para através da discussão de políticas públicas de acordo com as necessidades especificas de cada região, na qual poderia trazer grandes benefícios econômicos, aliado a um sistema de transporte intermodal, melhorando a qualidade de trânsito das vias, como também medidas que atendam aspectos ecológicos e sustentáveis como a diminuição da emissão de poluentes (Co²). Melhorias previstas de investimentos privados e públicos, ocorrendo como esperado reduzirão os custos logísticos para produtores, tradings, além de reduzir as perdas no transporte devido a má conservação do sistema rodoviário onde sua melhor aplicação seria no tiro curto.
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* Flávio Dino - Gestão do Porto do Itaqui, novos terminais privados, regularização fundiária e eficiência da malha multimodal que abastece o Maranhão
* Projeto de terminal em Alcântara consiste em SPE com porto, ramal ferroviário e potencial de aumento de 20% no PIB do Maranhão
Com base nas pesquisas realizada a cerca dos gargalos logístico no agronegócio dificulta a competitividade mundial, haja visto a ineficiência dos corredores de exportação da região do Centro Oeste limitando o país em ser mais competitivo uma vês que ainda não se tem uma “matriz de transportes Intermodalizada”, veloz ao ponto de se elevar a régua da produtividade em modos quantitativos e qualitativos aumentando a produção no campo ano a ano. Outrossim, começamos a presenciar meio as pesquisas realizada a cerca da produção de grãos na região do Mato Grosso, o expressivo desenvolvimento de novas fronteiras agrícolas não contempladas nesta pesquisa , mas que nos remete uma reflexão da sua produção agrícola no Brasil, que sãos os estados do Piauí, Amapá e Roraima que também estão fraudados a sofrem os mesmo problemas logístico para escoar a safra até os portos.
Piauí vem se consolidando como uma das referencia do nordeste na produção de soja e milho, vem crescendo de forma rápida com base na aplicação de tecnologia e aliada a regularidade de chuvas no cerrado piauiense contribuiu para que o Piauí alcançasse este numero em 2017 a marca recorde de mais de 4 milhões de toneladas de grãos colhidos. O desenvolvimento da cultura da soja é responsável por mais da metade dessa produção, gerando uma clara valorização dos grãos para a exportação a produção da oleaginosa teve um aumento de cerca de 170 vezes desde que houve a criação do estado. Desde o inicio na safra de 1993-1994, o aumento da produção evoluiu de 0,2 mil toneladas para um volume estimado de 2 milhões de toneladas na safra de 2015-2016, produção desse patamar: o primeiro se aplica em toda a expansão da área de produção do estado.
A produção de grãos do Piauí são direcionadas para portos e exportadas em sua maioria por portos do Arco Norte ou seja via São Luís (64,1%), depois Salvador (35,5%) e um pouco para Barcarena (1,4%), sendo que esta soja é exportada em sua maioria em forma de grão, quando ele é processado para farelo ou fabricação de óleo, o mercado interno é seu destino principal. Sua produção utiliza-se a rodovia BR-230 até o Estreito MA, onde a opção é seguir pela a ferrovia Norte-Sul até porto de Itaqui, todavia esta área é servida de boa malha logística de menores impactos porem carece da capacidade de armazenagem.
Outros estados que também estão se agigantando com a produção agrícola de grãos mais ao norte do pais são os estados do Amapá e Roraima, são estados que vem despontando no cenário nacional da produção de grãos, chegando a ultrapassar fronteiras e a realizar exportações. No ano passado 2017 o Amapá realizou a primeira exportação de soja e acabaram sendo embarcadas no Porto de Santana, 25 mil toneladas de soja para a Holanda, que éconsiderado A Soja e o milho são plantadas em cerca de 20 mil hectares de cerrados com boas condições climáticas e um solo fértil, tem chamado a atenção desde de pequenos a grande produtores das regiões tradicionais a exemplo da região Centro- Oeste.
No Estado de Roraima a situação não é muito diferente, o clima do Estado também é favorável para que haja produção de soja. O baixo custo das terras, as chuvas de maneira regular, o sol durante todo o ano, são fatores que se tornam atrativos aos grandes e pequenos produtores, além disso, a localização em uma posição estratégica, facilita o escoamento da produção até o porto de Itacoatiara AM que faz parte do complexo de portos do Arco Norte, permitindo uma redução de custos logístico, porem, Roraima sofre com questões de legalização de terras, mas recentemente o governo liberou a legalização de mais de 4 milhões de hectares de cerrado, que poderá aumentar em até 50% a área destinada para a soja onde a expectativa é que continuem crescendo em área plantada e cheguem a concorrer com estados que já são considerados grandes produtores.
Para isso ocorrer será necessário também grandes investimentos em infraestrutura logística e tecnologia fazendo-se o uso da maior matriz de transporte da região as hidrovias, Toda soja plantada e colhida em Roraima é transportada por carretas pela BR-174 até o Porto do município de Itacoatiara, no Amazonas. De lá, o grão se junta com as produções dos estados de Mato Grosso, Rondônia e Pará.
Estudos demostram e contatam, que os corredores de exportação do complexo de soja e milho se utilizam dos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário, porém ainda com uma dependência gigante do modal rodoviário no tiro longo, > 1000 quilômetros sendo uma utilização da ordem de 70%, comparados com os outros modais.
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Em síntese a melhoria da infraestrutura na matriz do transporte, com um sistema Inter- modalizado capaz de absorver toda esta produção tornando a cadeia do agronegócio muito mais produtiva e rentável, pois tudo isso impactará positivamente e diretamente nas operações de transporte, armazenagem e exportação do complexo de soja e milho e outros, gerando redução de perdasquantitativas financeiras e produtivas não só na cadeia de soja e milho, todavia em outras cadeias produtivas que se utilizam dos mesmos corredores de escoamento e exportação como a agropecuária e manufaturados para abastecer não só as exportações bem como o mercado interno de consumo e transformação, aliado as novas tecnologias de segurança alimentar,voltado a um programa sustentável e seguro ao meio ambiente em todas as esferas do agronegócio, pecuária e indústria.