A comissão de senadores e deputados que negocia as propostas para a distribuição dos royalties do petróleo deve debater na próxima terça-feira (11) um substitutivo do senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB) ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 448/11, da autoria do senador Wellington Dias (PT-PI).
O juiz da Vara do Trabalho de Bragança Paulista, João Dionísio Viveiros Teixeira, com base em imagens das agências fechadas na cidade fornecidas pelo próprios bancos, negou na terça-feira, dia 4, os pedidos de liminar dos interditos proibitórios propostos pelo HSBC e Itaú, contra o Sindicato dos Bancários de Bragança Paulista e Região, em cuja base 33 agências bancárias estão fechadas desde o dia 27 de setembro. Para a Justiça do Trabalho, não se vislumbra indícios de violência nem desrespeito à lei de greve, à propriedade ou ao direito de ir e vir. Ao invés de negociar e apresentar uma proposta decente, os bancos buscam intimidar os trabalhadores via Justiça. Buscam induzir a Justiça a erro, com alegações e mentiras absurdas. Desta vez, o juiz fez valer a máxima, "a Justiça não é cega", e negou mais tentativa de abuso dos bancos. De acordo com os bancos, o Sindicato estaria exercendo pressão indevida e ilegal, perturbando a ordem na entrada das agências, cerceando o direito de ir e vir de clientes e usuários de serviços bancários, causando tumulto em frente às agências. No caso do Itaú, o banco solicita, ainda, que o Sindicato pague multa diária de 50 mil por agência fechada. Leia um trecho da decisão judicial:"...justamente o que transmitem as fotos atuais é a restrita observância da ordem jurídica, diga-se de passagem, é de paz, a sensação que as fotos do estabelecimento da requerente nesta cidade revelam"...Veja outro trecho do despacho:..."não vislumbro, por ora, sequer indícios da prática de atos por parte do Sindicato réu ou or pessoas que integram o movimento paredista incompatíveis com o exercício do direito de greve que turbem a posse do requerente, nem mesmo as fotos dos estabelecimentos bancários com portas cerras permitem concluis que o movimento está utilizando meios violentos para impedir o ingresso de trabalhadores empregados ou terceirizados e clientes, muito pelo contrário, embora com as portas fechadas o que, em regra, ocorre até mesmo por ordem do empregador, face à insuficiência de pessoal para dar atendimento, decorre da ausência de trabalhadores que aderiram voluntariamente à greve, justamente o que transmitem as fotos atuais é a restrita observância da ordem jurídica, diga-se de passagem, é de paz, a sensação que as fotos do estabelecimento da requerente nesta cidade revelam. Posto isso, reputo que não se encontram presentes os requisitos necessários, no caso...., para concessão, liminarmente, da cautela pretendida...".
O Sindicato dos Bancários do Ceará usou a Literatura de Cordel, gênero literário de forma rimada, popular em todo o Nordeste, para expressar as práticas antissindicais adotadas pelo Bradesco durante a greve nacional dos bancários. > Clique aqui para acessar o Cordel em PDFSegundo Carlos Eduardo, presidente Sindicato dos Bancários do Ceará e da Fetrafi-NE, "a todo o momento os bancários mostram criatividade e cultura, principalmente neste período, que se mantém inquietante pela frustração das negociações com os bancos que levaram os bancários à greve". "O cordel foi o mecanismo usado pelos bancários para denunciar à sociedade as práticas antissindicais cometidas pelo Bradesco. Também fortalece a mobilização e contribui para quebrar a intransigência dos bancos. Este é o caminho para atingir uma proposta de emprego decente", afirma Carlos Eduardo. Confira abaixo a Literatura de CordelAutor - Tomaz de AquinoLá na cidade de DeusQue mais parece um infernoFica a sede do BradescoBanco que se diz modernoMas recorre ao interditoInstrumento medievalPara acabar com a greveDireito mais que legal"Presença" ele se intitulaTirando uma de bonzinhoQue diz atender a todosDo ricaço ao pobrezinhoNa verdade o que ele almejae busca a todo vaporé o rico dinheirinhodo barão, do camelôPrá continuar explorandoO povo e a categoriainventa tarifa novaE meta prá todo diaDemite trabalhadorFaz bancário de vigiaCobra trabalho noturnoDe olho na mordomiaAgora em tempo de greveAfronta a democraciaEm conchavo com a justiçaPratica estripuliaImpedindo o SindicatoDe chegar perto da agênciaPrá realizar seu trabalhoCom harmonia e decênciaLucrou quase 4 biSó no primeiro semestreEncheu as burras de novoIsso sempre acontecePaga piso miserávelLucro não quer repartirE o direito de greveAgora quer coibirMas bancário não é bestaPopulação também nãoPrá engolir a conversaFiada de tubarãoCom o Sindicato do ladoVamos partir afiadosPrá buscar o que é nossoHonrar o nosso quinhãoA greve se mantém forteE vai ficar muito maisQuando os bancários e o povoMandarem esse CaifásQue atende por "Presença"Sem peso na consciênciaSem carta de indulgênciaPros braços de SatanásVou terminar minha prosaPedindo à populaçãoQue apóie a justa lutaDos bancários da NaçãoQue querem o Banco pro povoCom crédito de baixo custoSem fila e sem enganaçãoPagando salário justo.
Nesta terça-feira, dia 4, milhares de trabalhadores dos Correios realizaram um ato nacional em Brasília com caravanas de vários estados pela garantia das reivindicações da greve.
O acidente que matou uma pessoa, feriu mais de 50 e envolveu mais de 100 carros na rodovia dos Imigrantes, sentido Santos-São Paulo, no dia 15 de setembro último, poderia ter sido evitado. A avaliação é do presidente da Apaest, Celso Atienza, para quem incluir a Engenharia de Segurança no planejamento do projeto da rodovia é fundamental para prever situações excepcionais e para se ter um plano de monitoramento e ação. Acompanhe, a seguir, a entrevista de Atienza.