São Paulo - Dirigentes sindicais lançaram hoje as bases para a criação daquela que pretende ser a terceira maior central de trabalhadores do País, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), resultante da fusão da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), da Social Democracia Sindical (SDS) e da Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT). A consolidação da UGT acontecerá entre os dias 19 e 21 de julho, durante o Congresso de Fundação, a ser realizado no Anhembi, em São Paulo, quando também será criado o estatuto da nova central.
A fusão das três centrais, ao contar também com a participação de sindicatos independentes, resultará em uma entidade que responde por 8 milhões de trabalhadores na base, representados por cerca de mil sindicatos, atrás somente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical, respectivamente. A estimativa dos dirigentes da UGT é de obter receitas de R$ 10 milhões por ano, provenientes do imposto sindical. “A UGT nasce com o objetivo de representar trabalhadores hoje excluídos, já que, historicamente, o movimento sindical sempre foi vinculado principalmente ao setor produtivo”, explica o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e que temporariamente comandará a UGT, até o Congresso, Ricardo Patah. “Queremos metalúrgicos e costureiras nas nossas fileiras, mas sem dúvida nossa força será maior entre prestadores de serviços, autônomos, comerciários e trabalhadores rurais, hoje esquecidos pelas centrais sindicais”, declarou o sindicalista, candidato a se manter no cargo. Os líderes da UGT pretendem também, com a fusão, se antecipar à nova regulamentação sindical para continuar a existir. O texto da reforma sindical, em tramitação no Congresso Nacional, estabelece uma série de critérios mínimos de representatividade para que sindicatos e centrais possam existir.
Fonte: Tribuna do Norte - 25 MAI 07