BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou satisfeito com o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas demonstrou preocupação com as dificuldades para a emissão de licença ambiental, disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Lula não participou da solenidade de divulgação do balanço do PAC, ontem, no Palácio do Planalto, quando foi constatado que o atraso de obras importantes para a geração, principalmente, de maior oferta de energia elétrica foi motivado pelo atraso na liberação de licença ambiental.
Apesar de o governo ter solicitado há um ano, o Ibama não liberou o documento para o início da construção de duas hidrelétricas no Rio Madeira. Ontem, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que se o órgão não conceder a licença ambiental até o final deste mês, as obras sofrerão um atraso de dois anos e serão concluídas em 2013.
Mantega reforçou que o balanço do PAC significou uma “avaliação muito positiva”, levando em consideração que o governo está começando o ano orçamentário. “Está indo muito bem, do ponto de vista macroeconômico e do ponto de vista da infra-estrutura”, avaliou Mantega.
Dilma Rousseff também esforçou-se para dizer que está tudo caminhando muito bem, mas os números não foram tão animadores: quase metade (47,5%) das obras previstas no plano de ação do segundo mandato está atrasada ou apresenta problema para sair do papel, como por exemplo cinco das nove usinas hidrelétricas previstas. Na classificação do governo, 39,1% dos projetos estão com atraso pequeno ou risco em potencial e 8,4%, com dificuldades preocupantes e risco elevado.
Fonte: Jornal do Commercio - 08 MAI 07