Sexta, 19 Abril 2024

O governo federal colocará dois fundos à disposição dos investidores com o objetivo de fomentar projetos para os novos aeroportos privados da aviação executiva. Trata-se do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) e do Caixa FIP Integração Logística. O FI-FGTS é um agente facilitador de políticas de investimentos em infraestrutura. E o Caixa FIP é um novo fundo de investimento do banco estatal, com capital de R$ 1,04 bilhão.

Para conhecê-los, um grupo de 16 investidores participou, nesta segunda-feira (22/09), do seminário “A aviação geral no Brasil: desafios para o desenvolvimento”, no escritório da Presidência da República em São Paulo. O seminário contou com executivos da Vice-Presidência de Gestão de Ativos de Terceiros da Caixa e técnicos da Secretaria de Aviação Civil (SAC).

Os eventuais aportes se darão em troca de participação acionária nos empreendimentos e visam suprir a carência de financiamento atrativo a esses aeroportos. “São investimentos de maturação de longo prazo e risco muito baixo. Uma área adequada para quem pretende investir com retorno alto”, afirmou o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, durante o encontro. “O negócio tem futuro. A Caixa percebe que o negócio tem futuro.”

Segundo o diretor do Departamento de Outorgas da SAC, Ronei Saggioro, o banco tem disponibilidade de recursos para investimentos em infraestrutura. Esses investimentos permitem que os empreendedores se capitalizem no momento mais crucial do projeto, que é o início.

Ele conta que o principal objetivo dos fundos de investimentos é permitir disponibilidade maior de capital para que o empreendedor dê início à obra, construa o aeroporto e o opere nos primeiros anos até que o empreendimento se viabilize como negócio. “Quaisquer negócios em infraestrutura e transporte não são viabilizados nos primeiros dias. É por isso que os fundos de investimento são fundamentais para os empreendimentos. E eles não são gestores. Quem vai gerir o empreendimento é o sócio privado”, explicou.

A aviação executiva é um ramo novo de negócios aeroportuários no Brasil. A possibilidade de investir no setor foi aberta em dezembro de 2012, com um decreto que criou a modalidade de outorga por autorização. Por ela, aeroportos privados podem operar como aeródromos civis públicos, mediante cobrança de tarifa.

O Brasil tem a segunda maior frota de aviação geral do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A frota tem quase 14 mil unidades entre jatinhos, turboélices, helicópteros e aviões agrícolas. Segundo o ministro Moreira Franco, essa frota precisa de aeroportos modernos e bem estruturados, mas esse tipo de empreendimento encontra-se numa espécie de hiato de apoio.

“Temos no Brasil uma instituição que cuida dos micro e pequenos empreendedores, que ajuda, que instrui, que dá cursos, que ensina. Para os grandes, nós temos o BNDES. Para os médios empreendedores, não temos quem faça esse tipo de trabalho”, afirmou.

Segundo o ministro, o sistema bancário privado precisa emular a Caixa e também investir em aeroportos executivos. “Está na hora de o sistema bancário privado olhar esses empreendimentos como sistema alternativo de negócios. Existe uma série de fundos e possibilidade de financiamentos que são adequados para esse investimento, de baixo risco.”

 

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