A melhoria do escoamento da produção agrícola pelo Arco Norte foi o tema que levou o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, a participar nesta quinta-feira (24/9) de audiência pública no Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) da Câmara dos Deputados, presidido pelo deputado Lucio Vale (PR/ PA). Os projetos do governo federal prevêem a alternativa logística pelos portos da região Norte a fim de desconcentrar os corredores de exportação pelos portos do Sul e Sudeste. “Não tenho dúvidas da importância de trabalharmos juntos para encontrar soluções que façam o Brasil transportar melhor, com menor custo e mais eficiência”, disse o ministro, ao ressaltar o objetivo do Cedes em “avançar nas discussões sobre essa importante saída logística, que vai permitir o escoamento de mercadorias, produtos e alimentos pelos portos do Norte do país”.
O ministro Antonio Carlos Rodrigues ressaltou também a necessidade de encontrar soluções para viabilizar o escoamento de grãos, com a consolidação de novas rotas para o Norte, como a BR-163 e a Ferrovia Norte-Sul. De acordo com o ministro, as novas rotas irão reduzir sensivelmente as distâncias percorridas pelas commodities agrícolas. Em sua apresentação, o secretário de Gestão de Programas de Transportes ( Seges) do Ministério dos Transportes, Luciano de Souza Castro, destacou os projetos previstos no Programa de Investimentos em Logística (PIL) que irão beneficiar diretamente a viabilidade do escoamento da produção agrícola pelo “Arco Norte” através dos modais rodoviário e ferroviário.
Para rodovias, estão previstos investimentos nas rodovias BR-163 e BR-364. A primeira liga Sinop (MT) ao Porto de Miritituba (PA), às margens do rio Tapajós. A segunda é a trecho entre Comodoro (MT) e Porto Velho (RO), que embarca atualmente quatro milhões de toneladas pela hidrovia do Rio Madeira. Já no modal ferroviário estão previstos investimentos no trecho Açailândia (MA)-Barcarena (PA), que faz parte da Ferrovia Norte-Sul e escoa a produção de grãos do Maranhão e Piauí e na linha que vai de Lucas do Rio Verde (MT) a Miritituba, que é um projeto de R$ 9,9 bilhões e vai transformar o porto paraense em uma das principais portas de saída. “Através do Programa de Investimentos em Logística poderemos ampliar a competitividade do setor produtivo brasileiro, reduzir os custos logísticos e diversificar os modais de transporte para o escoamento da produção”, enfatizou o secretário .
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