Mais sinais, e esses não em fumaça, indicam a configuração portuária que se avizinha. Não mais a excelência dos portos da região até então mais desenvolvida do País, Sudeste, monopolizará as rotas comerciais para o movimento de produtos – commodities ou manufaturados. Eis que chega o momento do desenvolvimento também “atracar” ao Norte e Nordeste brasileiro. Especialistas, aqui neste Portogente, falam, sobejamente, na potencialidade dos complexos portuários que ou estão sendo construídos ou expandidos nessas duas regiões. O comércio brasileiro e mundial passará por eles cada vez mais e com ganho de produtividade e competitividade.
O incêndio em tanques da empresa Ultracargo – a maior empresa de armazenagem para granéis líquidos do Brasil, que define-se assim: “Seu produto bem cuidado. Aqui tem nossa marca” – está promovendo um vale-tudo de notícias que mostra, bem diferente do que fala o prefeito de Santos (SP), Paulo Alexandre Barbosa, a falta informação e intranquilidade na população santista próxima aos tanques em combustão. Tal situação mostrou o quanto é frágil toda a estrutura de emergência e urgência em torno do Porto de Santos, apesar do grande volume de inflamáveis e produtos químicos armazenado na sua área.
Parece que o gravador de voz a bordo do fatal voo 9525 da Germanwings registrou o som de alarme na cabine advertindo o copiloto Andreas Lubitz a "puxar para cima" e de "terreno" à frente. Mas isso não foi suficiente para impedir a aeronave se chocar com os Alpes Franceses.
A presidenta Dilma Rousseff, nesta terça-feira (31/3), em entrevista à agência Bloomberg News, confirmou o que vários especialistas têm observado aqui no Portogente: o futuro do comércio exterior passará, necessariamente, pelos portos do Norte e Nordeste, que estão sendo expandidos e construídos dentro de um perfil moderno, diferentemente dos portos mais antigos nacionais que ficam, em sua grande maioria, na região Sudeste e Sul.
Há exatamente cinco anos, o ex-ministro Pedro Brito anunciava o início da dragagem no Porto de Santos (SP) para implantar uma profundidade de 17 metros para a navegação. No entanto, esforços hercúleos pela Ssecretaria de Portos (SEP) têm sido insuficientes para conseguir que navios com calado de 13,5 entrem no complexo portuário santista, limitado aos 13,2 metros.