A Secretaria de Portos (SEP) é um meio ministério, bem inferior aos méritos que os pemedebistas atribuem ao próprio PMDB. De fato, a criação da pasta, em 2007, foi uma alquimia do ex-presidente Lula para dar resposta às demandas de dragagem não atendidas. Sem produzir a eficácia desejada, Pedro Brito, o primeiro titular da SEP, conseguiu agradar a comunidade portuária.
O ministro Eliseu Padilha, da Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República, em poucos dias no cargo já lapidou uma assertiva que precisa ganhar ressonância retumbante nas demais estruturas do governo federal. Disse ele num encontro no Ceará, discutindo a viabilidade de um novo aeroporto na cidade de Sobral, que “não é o desenvolvimento que traz a infraestrutura. É a infraestrutura que traz desenvolvimento”. Oxalá, que não apenas os deuses, mas os caciques de Brasília ouçam o ministro!
Como enfatiza Cynthia Montgomery, da Harvard Business School, um requisito importante na estratégia da empresa do século XXI é ser um sistema real de criação de valor, um conjunto de partes que se reforçam mutuamente. Nesse cenário, um ecossistema novo e não vivido por empresas no século passado é a Internet. Segundo Peter Drucker, ela está mudando profundamente as economias, mercados e estruturas industriais; os produtos e serviços e seus fluxos; a segmentação e os valores dos consumidores e seu comportamento; os empregos e mercado de trabalho.
Fundo de pensão, um modelo de organização que se tornou uma grande conquista do trabalhador americano, no Brasil é sinônimo de dinheiro mal administrado dos trabalhadores de empresas do governo. É o caso do Instituto de Seguridade Social, o Portus, de previdência complementar dos funcionários dos portos organizados. Para decorar com rigor o cenário, não faltam ruídos de falcatruas na trajetória desse instituto.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é um mal tempo para navios que chegam ou partem do Porto de Santos (litoral paulista). Vinculada ao Ministério da Saúde, a agência tem como objetivo promover a saúde nos portos e embarcações que navegam em águas territoriais brasileiras. Entretanto, anda na contramão da modernidade e prejudica ainda mais a competitividade dos nossos portos, até mesmo por manter nesses locais um quadro insuficiente em número de agentes.