Em entrevista à agência de notícias da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o gerente-executivo de Comércio Exterior da entidade, Diego Bonomo, falou da frustração do Brasil ficar de fora do mais moderno acordo de livre comércio, segundo ele. No dia 5 de outubro último, Estados Unidos e Japão fecharam com outros 10 países a Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), em Atlanta. O “mega-acordo” altera a dinâmica do comércio mundial e terá impacto no País. Bonomo explica que, a partir de agora, os países do novo bloco vão dar preferência para trocar mercadorias entre si. “Em algum grau, haverá desvio de comércio”, avalia. Fazem parte do TPP: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Estados Unidos, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã.
Em palestra recente, o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, discorreu sobre as hidrovias brasileiras; o complexo hidroviário da região amazônica; o transporte de carga e o transporte de passageiros; a evolução da produção de grãos e sobre os novos investimentos para o setor. O diretor disse que houve uma melhoria da qualidade das embarcações e do serviço prestado e a evolução na utilização do serviço: “Nota-se um crescimento paulatino na utilização do modal hidroviário brasileiro.” Reforçou, no entanto, a necessidade de mais investimentos públicos e privados para estimular o desenvolvimento e o desempenho do setor. Nesse sentido, destacou a importância de eventos como este da Sobena, para levantar questões, debater e convocar todos os envolvidos a defenderem o setor hidroviário junto ao Governo Federal.
Em março de 2016, o Mercosul completará 25 anos de vigência e não se pode dizer que tenha sido um mau passo da diplomacia comercial brasileira a adesão ao tratado. A lembrança antecipada da data é do presidente da Fiorde Logística Internacional, Milton Lourenço. Para o empresário brasileiro, em linhas gerais, mesmo com altos e baixos, o Mercosul atendeu aos interesses do Brasil. "Basta ver que, desde 2010, o bloco tem sido o principal fornecedor de bens de capital para a Argentina, com o Brasil sendo responsável por 90% dessas exportações."
O ministro dos Portos, Helder Barbalho, afirmou, nesta terça-feira (6), que a pasta é estratégica para impulsionar a atividade produtiva, aumentar a eficiência do escoamento e facilitar as exportações. “Hoje, a via marítima representa mais de 80% do fluxo de comércio em dólares e cerca de 95% das toneladas exportadas. Somos um país que tem no seu agronegócio uma grande força para o equilíbrio da sua balança comercial e da sua economia”, destacou em seu discurso durante a cerimônia de transmissão de cargo, ocorrida em Brasília.
Edinho Araújo já não é mais ministro da Secretaria de Portos (SEP). Caiu na reforma ministerial da presidenta Dilma Rousseff, anunciada no dia 2 de outubro último. Todavia, o "legado" do ex-ministro ao setor portuário nacional será lembrado pela prorrogação antecipada de contrato de arrendamento ao Grupo Libra, mesmo tendo essa uma imensa dívida com o Porto de Santos - o maior do Brasil.