Um dispositivo para spray nasal pode resolver um sério problema da psiquiatria. Se confirmados os testes realizados por Daniel Quintana, pós-doutorado da Universidade do Hospital de Oslo, os portadores de autismo e esquizofrenia poderão ter vida melhor. Um dispositivo de spray nasal de ocitocina administra o hormônio a uma região nasal superiora a qual outros procedimentos não conseguem alcançar, tornando-a mais eficáz.
Tecnicologicamente, esse spray é diferente do tipo usado para alívio de congestão nasal por gripe. Ele faz com que a ocitina atinja o cérebro. A empresa norueguesa que o fabrica diz que o hormônio melhora a função social dos portadores desses transtornos psiquiátricos.
Para operar o dispositivo, o paciente insere-o na boca e na cavidade nasal. Aspira fortemente, fecha os lábios em torno do bocal e exala dentro do dispositivo. A corrrente de ar transporta as partículas do hormônio pelo nariz além da válvula nasal. Assim, é possível obter a droga na cavidade nasal mais elevada, de onde é transportada ao cérebro.
Vêm sendo realizados testes duas vezes por dia em grupos masculinos. Nessas experiências, as pessoas estão com expressões faciais diferentes, alguns irritados, uns felizes e outros neutros. Eles foram avaliados nos seus respectivos estados. Depois de receberem doses baixas intranasal de ocitocina, foram avaliados e foi constatado que estavam menos irritados do que os que receberam placebo e eram menos propensos a evitar o olhar das pessoas com quem eles falavam – um sinal potencial de disfunção social. Os com cavidades nasais maiores responderam melhor. Outros testes ainda estão planejados, antes da aprovação do dispositivo. Mas, o resultados obtidos até agora são muito animadores.