Retratada com exclusividade pelo PortoGente, a polêmica que cerca a instalação do Porto Castilla, no norte do Chile, parece ser mais um passo atrás na vida do megaempresário Eike Batista. O pior é que os entraves ambientais e sociais que cercam a obra em muito se parecem com a novela que se tornou o Porto Brasil, projeto portuário mais audacioso de Eike e que não saiu do papel em Peruíbe (SP) justamente por causa de uma série de problemas.
Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Autoridade Portuária do Porto de Santos, corre e faz um gol. Mas de mão. E parece que o juiz viu e poderá anulá-lo.
Um profissional da área do porto, que trabalhou muitos anos no Porto de Santos (SP), ao saber do acordo que a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) está fechando com a siderúrgica Usiminas para pagamento de uma dívida que vem da década de 1990, levantou as seguintes dúvidas:
O Brasil encontrará grandes desafios no transporte aquaviário de cargas em 2010. Os estaleiros nacionais estão abarrotados de encomendas para construção de plataformas e grandes embarcações, prometendo gerar divisas e muito desenvolvimento. Empresas como a Vale procuram até estaleiros na Ásia para dar conta de sua demanda. No entanto, o País não pode errar em termos de infraestrutura. Caso contrário pagará muito caro ao não conseguir dividir mais adequadamente sua matriz de transporte, hoje excessivamente concentrada no modal rodoviário.
Os acessos rodoviários e ferroviários foram objeto de reunião entre o Diretor Geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, o Secretário Adjunto da Secretaria Especial de Portos (SEP), Augusto Wagner Padilha Martins, e o Diretor de Planejamento e Controle da Companhia Docas de São Paulo, Renato Ferreira Barco. O encontro foi nesta terça-feira (29).