Discutir mudança dos turnos de trabalho da tripulação das aeronaves para reduzir custos é inoportuno e só contribui para aumentar a turbulência da aviação brasileira. É sobejamente conhecido que a grande maioria dos acidentes com avião ocorrem por falha humana.
Aumentar a carga do aeronauta vai aumentar a insegurança dos vôos. Principalmente nos casos em que os períodos de descanso da tripulação ocorrem distante dos seus domicílios. Com certeza esse não é a estratégia adequada para resolver a demanda principalmente de pilotos.
A aviação civil brasileira passa por uma situação caótica, por falta de infraestrutura e por excesso de ineficiência. Nossos aeroportos são verdadeiros puxadinhos se comparados com os sítios aeroportuários existentes nos Estados Unidos e na Europa. Esse cenário expõe as tripulações a um desgaste maior nos pousos e decolagens.
Convém que o novo Secretário da Aviação Civil, Wagner Bittencourt de Oliveira, anuncie, com máxima brevidade, uma pauta de trabalho e comece a apresentar os resultados que a sociedade há muito espera, a começar por poder contar com área suficiente para estacionar seus veículos nos aeroportos.
O que se espera é que o cenário da aviação civil seja tratado em todos os seus componentes, da segurança e dos custos, de modo a se formular uma estratégia consistente para construir um transporte aéreo da dimensão do Brasil.
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