A dragagem de aprofundamento realizada no trecho chamado de Superporto do Porto de Rio Grande, no extremo sul do Brasil, apresenta os primeiros resultados positivos. O porto gaúcho registrou no último domingo (06) o maior volume de carga já operado em um único navio graneleiro, com 64.073.420 toneladas de soja embarcadas no navio Apostolos D.
Apesar de dispor do Oceano Atlântico, uma via expressa pronta e de grande capacidade, a cabotagem no Brasil sofre com a falta de portos adequadamente estruturados e com limitações em sua frota de embarcações. Os custos do combustível e de construção de embarcações estão no cerne dos debates que buscam desenvolver essa importante atividade no País.
Os estudos que o Ipea está lançado durante esses dias tentam fazer uma radiografia apurada dos setores de infraestrutura do País. Os portos, segundo o instituto, estão ruins em eficiência, e as ferrovias não ficam atrás. Os dois setores estão ruins de forma igual.
O estudo Portos brasileiros: diagnóstico, políticas e perspectivas, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), lista vários problemas dos principais portos brasileiros. Um dos itens que chama atenção é o tópico sobre gargalos logísticos. O coordenador de Desenvolvimento Urbano do Ipea e um dos autores do estudo, Bolívar Pego, apresentou nove itens considerados os mais problemáticos.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Programa de Mobilização da Industria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), e demais órgãos envolvidos com a atividade offshore estão desenvolvendo estudos para determinar a quantidade de equipamentos necessários para atender à demanda do Plano de Negócios 2009-2013 da Petrobras. Parte desses dados já está disponível no Portal de Oportunidades da Cadeia de Suprimentos do Prominp. Os levantamentos restantes deverão dar subsídio para o BNDES calcular a quantidade de recursos que colocará no mercado para aumentar a capacidade fabril ligada à indústria naval.