Parece que chegou a vez dos portos brasileiros serem passados a limpo, conforme já anuncia a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal (PF). Situações estranhas não faltarão. Portogente, há três anos pelo menos, vem denunciando a escandalosa “novela” em que se transformou uma dívida da Libra Terminais com o complexo portuário santista, que, pela Justiça, já teria tido um final feliz e importante para a Codesp. São dez processos em andamento que envolvem a Libra e a Autoridade Portuária do Porto de Santos.
Foram nomeados na tarde desta terça-feira (11) os dois diretores que farão, de forma interina, parte da diretoria colegiada da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, designou os engenheiros e servidores Fernando José de Pádua Costa Fonseca e Mário Povia. Ambos são funcionários da Agência há sete anos.
Não são poucos os fatores que influenciam nos enormes congestionamentos dos grandes centros urbanos brasileiros. Ao longo dos dias úteis, São Paulo registra dezenas de quilômetros de lentidão, chegando a ultrapassar 100km em dias chuvosos, de grande eventos realizados na capital paulista ou vésperas de feriados.
Durante as últimas semanas, Portogente questionou como a recém-criada Empresa de Planejamento e Logística (EPL) atuaria com eficiência diante o emaranhado de ministérios, secretarias e comissões já existentes em Brasília. No entanto, para o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo, esta não será uma dificuldade. Ele explicou nesta terça-feira (04) à reportagem do Portogente que, conforme o Decreto 7.789, de 15 de agosto de 2012, a EPL cumprirá o papel de secretaria-executiva do Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte (Conit), coordenando a implantação das propostas e atividades referentes ao transporte multimodal.
Os ventos da Operação Porto Seguro, deflagrada pela Polícia Federal, vêm varrendo ampla rede governamental e atingindo corruptos e corruptores, envolvidos em diversos projetos ligados ao Porto de Santos. Entretanto, até agora não se ouviu falar do envolvimento da diretoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto no qual estão os terminais objetos das operações criminosas.