É no mínimo estranha a notícia da Agência Brasil dando conta que a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, informou que a segurança da primeira rodada de licitação do pré-sal será reforçada devido ao risco de haver protestos violentos. Segundo a agência, a segurança no entorno do Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, onde ocorrerá o leilão, na próxima segunda-feira (21), terá a participação de militares do Exército.
Foto: Agência Brasil
Magda Chambriard, da ANP, quer Exército nas ruas para que estrangeiros
não sejam incomodados no primeiro leilão do pré-sal
“É obrigação nossa fazer esquema de segurança para todas as rodadas de licitação. Sempre teve esquema de segurança, mas estamos em um período de manifestação no Rio de Janeiro em que há protestos pacíficos acabando em vandalismo. Você acha que eu posso bobear? Temos que preservar [a segurança da rodada]”, disse a diretora-geral, durante a cerimônia de posse do novo diretor da ANP Waldyr Barroso.
Segundo Magda, mesmo com a possibilidade de manifestações violentas, o leilão está confirmado para segunda-feira. “Não existe nenhuma possibilidade de o leilão ser adiado.”
A área de Libra, que será oferecida na licitação, tem reserva estimada entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo. Onze empresas se habilitaram para participar do leilão. Segundo Magda, no pico, a área deve produzir 1,4 milhão de barris por dia, cerca de dois terços da produção total nacional atual (cerca de 2 milhões de barris).
É por essas e outras que os movimentos contrários ao leilão ressuscitaram o bordão: “Cala boca Magda!”