A hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, é um reservatório de problemas. Graves questões de ordem financeira se entrelaçam com desentendimentos societários, formando um emaranhado de cabos de alta tensão. O fio desencapado desta meada, informa o Relatório Reservado, é a explosão dos custos do projeto. Novos cálculos feitos pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR), responsável pela construção da geradora, indicam que os gastos totais vão passar dos R$ 20 bilhões. A cifra é praticamente o dobro do valor original do empreendimento. O cronograma do projeto também entrou em curto-circuito. A entrada em operação de todas as 50 turbinas só deverá ocorrer no fim de 2016, um ano após o prazo estabelecido pelo ESBR.
A situação é realmente de alerta. O problema “chegou” à atenção – merecida, aliás – do Greenpeace. A entidade ambientalista publicou texto em que diz, com todas as letras, que São Paulo, sem governo, reza por chuva para não secar. E informa que, há um mês, o Greenpeace entregou uma carta ao governador Geraldo Alckmin com demandas estratégicas. “As propostas”, explicam, “visam apontar soluções para atenuar e resolver a crise da água em São Paulo, cenário que se repete de tempos em tempos - sempre com tons mais dramáticos - como resultado da má gestão e da falta de planejamento, por parte do governo de SP, sobre os recursos hídricos da região”.
Em duas horas de explicações, o gerente-geral de Implementação de Empreendimentos da Petrobras, Glauco Colepicolo Legati, negou qualquer erro de projeto ou superfaturamento nas obras da Refinaria Abreu e Lima, construída em Suape, Pernambuco. O depoimento foi colhido em audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga irregularidades na companhia petrolífera. Segundo ele, a unidade tem 88,5% de execução física e entrará em operação no fim deste ano, com capacidade para processar mais de 200 mil barris diários.
De acordo com estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra brasileira de grãos 2013/2014 deve chegar a 193,87 milhões de toneladas. Ante à colheita anterior (188,66 milhões), o crescimento é de 2,8%. Também houve aumento na comparação com a estimativa de junho, de 0,15%. Uma majoração sensível que pode complicar ainda mais a logística nacional, ou a falta dela.
A derrota histórica que a Seleção Brasileira de Futebol sofreu, nesta terça-feira (8/7), num placar de 7 x 1 para a Alemanha, fez o País "acordar" nesta quarta-feira olhando para o próprio umbigo. Uns com a cabeça mais inchada que outros, todavia, fato é que o povo brasileiro simplesmente silenciou. E, agora, com a calma necessária, o coração sereno e a espinha ereta, brasileiros e brasileiras devem se concentrar na próxima partida de 2014, as eleições que chegam em outubro. Importante sermos inteligentes neste momento e não confundir o que se faz dentro de um campo de futebol e o que se faz fora dele.