O rombo do fundo de pensão Portus, dos funcionários da Companhia Docas de diversos Estados, piorou muito desde a decretação de sua intervenção, em agosto, e há risco de que seja liquidado. É o que indica comunicado feito na semana passada à comissão que acompanha o caso pelo interventor do Portus, José Crespo Filho, ao qual o Valor teve acesso.
Consta do balanço de 2011 da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) provisão para a perda de R$ 191 milhões da dívida da Libra. Além de se tratar de uma decisão contrária à sentença judicial, esse lançamento reduz a participação dos empregados no lucro da empresa. Coisa muito esquisita, que promove ações trabalhistas e mostra a intenção da diretoria da Codesp contrária aos interesses da sociedade.
Foto: Getty ImagesMostrando tragédias que aconteceram na costa brasileira e no exterior, envolvendo barcos, navios e cruzeiros marítimos, o programa Fórum, da TV Justiça, discutiu nesta semana se "navegar é seguro". Foram lembrados casos como o do Costa Concórdia [foto], cujo acidente, em janeiro deste ano, vitimou dezenas de pessoas. A imprudência e a negligência foram apontadas como as maiores causas de acidentes. Você pode conferir o programa na íntegra no final desta postagem.
O mundo portuário ficou em estado de alerta com a agenda da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, desta terça-feira (13). Às 14h, ela receberia o ministro dos Portos, Leônidas Cristino. Alguns arriscam que um dos temas tratados foi o acordo nebuloso envolvendo a diretoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e a operadora portuária Libra Terminais.
Mesmo com a orientação da Casa Civil da Presidência da República, comandada por Gleisi Hoffmann, a Secretaria de Portos (SEP) não se dignou a prestar uma informação sequer sobre a “pizza”, ou melhor, sobre o acordo que negociam Libra Terminais e Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para que se faça a mágica de reduzir uma dívida milionária para um crédito passável. Perde o cofre público. Perde a probidade com o bem público. Perde o homem público probo.