O diretor-presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop), Sérgio Aquino, participou do WebSummit Portogente 2017 e defendeu uma revisão no sistema de treinamento e capacitação no setor portuário. Ele informou que a entidade irá protocolar proposta nesta terça-feira (14), junto aos ministérios do Transporte e da Educação, defendendo a isonomia que já ocorre com os sistemas de aprendizagem da indústria (Senai), do comércio (Senac) e do transporte (Sest Senat). O objetivo é resolver o problema da falta de treinamentos e qualificações nos portos, hoje considerados insuficientes por todos os envolvidos com o universo portuário.
Merlin (à esquerda) entrevista presidente da Fenop, Sérgio Aquino
Hoje, segundo Aquino, o dinheiro pago pelas empresas portuárias, em torno de 2,5% sobre os salários, vai para o fundo SPortuário, que fica sob a tutela da Marinha do Brasil. "Temos em torno de R$ 1 bilhão parado nesse fundo", lamentou. Por isso, a Fenop defende, com urgência, a revisão do modelo e do sistema de financiamento de treinamento do setor portuário. É o único, no sistema S, que está sob a guarda do poder público.
Ao mesmo tempo, o dirigente salienta que o modelo portuário moderno exige cada vez mais qualificação e capacitação laboral de excelência. Conforme lembra Aquino, hoje os portos movimentam cargas especializadas – como contêineres, granel sólido e líquido, veículos e cargas especiais. Ele argumenta, ainda, que a capacitação que a Fenop pretende gerir abarcará todos os trabalhadores que desenvolvem suas atividades nos portos – sejam eles das administrações portuárias (docas), dos terminais privados, avulsos etc.
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