Estudo da pesquisadora e professora da Universidade de São Paulo (USP), Mariana Aldrigui, intitulado “Turismo à Margem da Política”, explica o contexto da criação do Ministério do Turismo, discutindo sua baixa expressividade política. O trabalho comenta as ações de pouca efetividade em termos econômicos para um país sede de grandes eventos e com tanta presença em mídia internacional.
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Criado em 2003, o Ministério do Turismo já passou por 15 mandatos ocupados por diferentes políticos sem relação com a área. É o penúltimo ministério na ordem de volume orçamentário e teve corte de quase 70% nas verbas para 2017. Isso num país que sediou, no intervalo de 24 meses, os dois maiores eventos esportivos do mundo.
Pesquisadores de turismo de todo o mundo se interessaram pelos reflexos destes eventos, acreditando que os efeitos dos eventos alterariam a imagem da área junto aos gestores públicos.
A pesquisa conclui afirmando que o turismo brasileiro acontece independentemente da intervenção pública: “Se os gestores públicos ao menos compreendessem o que é a atividade e como ela impacta a economia dos diferentes destinos, já teríamos um grande avanço."