Os integrantes da missão empresarial que visitou a China durante dez dias retornam ao Brasil neste fim de semana trazendo importantes informações para o aprimoramento da cadeia logística nacional. Cerca de 120 pessoas foram ao continente asiático, em missão organizada pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Direto de território chinês, o professor e doutor em Direito, Osvaldo Agripino de Castro Junior, afirmou por e-mail ao PortoGente que o intercâmbio com a China pode ser útil para aperfeiçoar a logística no Brasil e para qualificar os estudantes do setor. Mas para que isso se torne realidade, Agripino acredita que os brasileiros precisam estudar mais o idioma inglês e, principalmente, o mandarim.
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Durante a missão, Agripino esteve em Macau, onde participou de um seminário e fez aproximação com professores indianos interessados em parcerias e cooperação acadêmica de mestrado e doutorado com universidades brasileiras. A barreira da língua, segundo o professor, deve ser superada pelos alunos antes do intercâmbio acadêmico se realizado.
De volta à China, Agripino avaliou que entre as lições que o Brasil pode aprender com a potência asiática está o planejamento da movimentação de cargas. “Estamos evoluindo, exportando e importando muito, mas a logística não está acompanhando. Precisamos de técnicos, e a China, pelo que já fez neste ponto, está mais avançada”.
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A corrente comercial entre Brasil e China no período de janeiro a agosto deste ano aumentou 52,4% em relação aos oito primeiros meses de 2009. Agripino lembra, ainda, que os negócios entre os dois países são mais amplos, citando que a empresa chinesa Sinopec adquiriu 40% da Repsol no Brasil pelo considerável valor de US$ 7,1 bilhões no começo deste mês.