Minimizar custos para que o produto chegue ao consumidor
Por que o debate das hidrovias da Baixada Santista (BS), ou melhor do Porto de Santos, não prosperou até agora? Estudo preliminar de qualidade, produzido pela Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia – FTDE atesta favorável a construção dessa malha hidroviária. Decerto, o conceito de hidrovias no Brasil carece do significado na profundidade atingida no continente europeu e nos Estados Unidos da América (USA). Aspectos profundos e didaticamente tratados pelo Engenheiro e Professor Sílvio dos Santos, colaborador do Portogente, no seu livro: Aspectos da Navegação Interior. No caso da BS carece de localizar e destacar as oportunidades de ganhos.
Imagem: parte do relatório da FTDE
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), engenheiro, tem proficiência para avaliar que as hidrovias da Baixada Santista apoiam o seu projeto, como um subconjunto ocorrendo dentro de um quadro mais abrangente de uma cadeia de suprimento integrada. Neste caso há obstáculos a serem vencidos e ponderados, como a altura insuficiente de pontes, como a do Barreiros, reformada há dois anos, sem visão da construção dessa hidrovia, há muito debatida.
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No caso do canal de Bertioga, por onde fluiu a construção da Usina Hidrelétrica de Itatinga, em 1.901, para gerar energia elétrica para o principal porto do Hemisfério Sul, ainda hoje não foi percebido seu papel logístico para a produção competitiva de pás de geradores eólicos, absurdamente produzidas em Sorocaba, distante 199 Km do Porto de Santos, de embarque para a exportação. Por isso, a fábrica veio a fechar, como alertou a análise deste Portogente.
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Além de tudo e como em todo canal de navegação fluvial, as hidrovias da Baixada Santista serão uma nova atração turística regional, como geração de trabalho e riqueza. Portanto, trata-se de novas iniciativas que demandam inovação e insights profundos sobre como elas podem ser implantadas. Entretanto, uma grande estratégia é mais do que essas inspirações. Ancorado no propósito forte , serão definidos os objetivos e as ações.
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Neste sentido, avultam os papéis da AGEM – Agência Metropolitana da Baixada Santista e APS- Autoridade Portuária de Santos, objetivando uma solução regional com profundo conhecimento, como uma tarefa importante para criar valores. Com destaque realizar o sonho do Porto-Indústria, unindo a capacidade industrial à logística portuária, em tempo de e-commerce, agilizando gestão e reduzindo custos .
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Outro papel importante na campanha das Hidrovias da Baixada Santista é o do Engenheiro Eduardo Lustoza, diretor da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos - AEAS, ex-diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação – DINEG da Autoridade Portuária de Santos, promovendo série de debates focados e de alto nível. Juntamente com o túnel submerso, a Região da Baixada Santista promove iniciativas estratégicas para fomentar desenvolvimento.
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A região tem um parque universitário de excelente qualidade para qualificar mão de obra e está conectada à hinterlândia mais produtiva do Brasil, pelas melhores rodovias nacionais. Ambiente ideal para produzir de modo sustentável produtos tecnológicos para exportação. Arranjo como sinergia para as cadeias produtivas e estratégia de marketing para atrair e manter clientes.
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