A política é a arte de navegar em águas turvas (Machado de Assis)
A comunidade portuária santista espera que seja revertida a decisão nas cortes superiores, condenando o ex-prefeito de Santos e atualmente Deputado Federal (PSDB), Paulo Alexandre Barbosa, por prorrogação sem concorrência de exploração publicitária em relógios e placas públicas nesse município, onde se situa o principal porto do Hemisfério Sul. A sentença suspende seus direitos políticos por cinco anos.
Imagem IA gerada ChatGPT
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Paulo Alexandre é presidente da comissão parlamentar de Portos e Aeroportos e recorre às instâncias na forma da lei, contra essa sentença. Ao que se assiste no noticiário nacional, o ano de 2025 prenuncia os esforços para as disputas eleitorais no âmbito federal, em 2026. Será um período politicamente tenso. O Porto de Santos tem um papel extraordinário para a cidade, na geração de impostos e de empregos.
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Como presidente da Frente Parlamentar Mista de Portos e Aeroportos (FPPA) no Congresso Nacional, o deputado tem como braço direito o Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI), presidido por Mário Povia, antigo diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). Os Investimentos previstos para os portos em 2024 foram de R$ 3,74 bi e até 2026 serão de R$ 20 bilhões. Para os aeroportos foram de R$ 500 milhões e de R$ 2 bilhões para o aeroporto de Congonhas.
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É fundamental que o caso siga exclusivamente à luz da Justiça. Tudo indica que não haverá influência de pressões nefastas, por movimentos politiqueiros adversários, como é comum acontecer em períodos eleitorais. Paulo Barbosa lidera as intenções de voto e esse destaque promove maior exposição. Dado que, quando tomou conhecimento dos fatos pelo jornal local, o então prefeito mandou remover de imediato as instalações realizadas.
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Evidente que está descartada a hipótese de adiar a solução e esquecê-la. A Justiça será feita. Independente da ação vigilante da oposição ser ou não eficaz. Principalmente por envolver um nome político de destaque regional e no plenário da Câmara Federal. Além de tudo, a penetrabilidade dos efeitos da Internet arma o palco para todos os processos que se pretende expor.
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