Quem consegue resultados, consegue aprovação e apoio público (David Osborne)
Desde o início do ano, circulam publicações em jornais e portais da web sobre práticas não republicanas atreladas a valores altos em dinheiro, como propinas de contratos assinados, envolvendo o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, e o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho (Republicanos). O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) fez denúncias, mas também já recuou. Segundo relato não oficial, o presidente do porto as encaminhou à Polícia Federal.
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De formação em Direito, com escritório em São Paulo e seleta clientela, Pomini nunca tinha exercido qualquer papel em porto. Atualmente é o gestor do principal complexo portuário do hemisfério Sul. Dispõe de um quadro de funcionários concursados de excelente qualidade. Entretanto, esta condição é insuficiente para promover resultados exitosos, com ocupantes de cargos executivos nomeados politicamente e sem a necessária aptidão para estabelecer os padrões a serem atendidos. Por tudo isso, é incerto o êxito do complexo programa anunciado pelo presidente Lula.
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Essa incerteza não é tudo. São muito desfavoráveis as intrigas frequentes do presidente Pomini com o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do mesmo partido do ministro de Portos e parceiro do governo federal na construção do túnel submerso, uma obra orçada em R$ 5,8 bilhões. Na festa do aniversário do porto, mês passado, o presidente Lula, como anfitrião, foi obrigado a dar uma raspança oficial, em bom tom, pela vaia organizada e uniformizada ao governador. Quadro adverso à união de esforços, fundamental ao desempenho conjunto de uma orquestra, para inovar o Porto de Santos. span>
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Trata-se de um programa de obras previsto de R$ 19 bilhões em 3 anos; uma missão nada trivial. Haja vista que essa ligação a seco é anunciada há quase 100 anos. Positivamente, o presidente da República quer repetir em Santos o desencanto dessa obra, no porto da sua infância, como ele realizou a transposição do Rio São Francisco. Trata-se de inovação logística, para aumentar a produtividade portuária e melhorar a relação porto-cidade. O Estado de São Paulo tem interesse em superar a deficiente travessia, de veículos por balsas e aumentar a fluidez de um volumoso trânsito de pedestres e ciclistas que atravessam diariamente o canal d e acesso ao porto, com margens nas cidades turísticas de Santos e Guarujá.
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Decerto será instaurado o devido processo para apurar com rigor as notícias amplamente divulgadas, de supostos casos graves no âmbito da governança do Porto de Santos, na gestão do presidente Anderson Pomini, nas formalidades essenciais. Pois, além de abalar a administração portuária, tais divulgações, como um mar de lama, atingem também o governo Lula e os partidos políticos dos envolvidos.
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Ao avaliar a atual gestão do Porto de Santos, o seu valor deve ser medido pelo ambiente presente. A insegurança administrativa é incompatível com os bons resultados. É forçoso mudar.