O comércio mundial depende largamente da profundidade dos portos
Com quase um ano de atraso, finalmente foi tomada uma decisão acertada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho (Republicanos), de manter o contrato vigente de dragagem do Porto de Santos, o principal do hemisfério sul, com a holandesa Van Oord, somente até a concretização do processo de licitação, para um período de longo prazo. Trata-se de um serviço de grande complexidade, principalmente em aspectos de engenharia, preservação ambiental e importância para a competitividade internacional do porto.
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Portanto, espera-se que a elaboração dos termos da próxima licitação tenha celeridade e seja esclarecida a tempo a grave denúncia pela DTA Engenharia de que a Van Oord não possui o parque de dragas contratado. Levando em conta que a atividade de dragagem é considerada mundialmente uma ameaça ambiental, exigente de equipamentos de menor impacto. Concomitantemente, o desenvolvimento tecnológico e a necessidade de cortar custos no transporte marítimo, aumenta o tamanho dos navios e demanda maior profundidade nos portos, com dragas específicas.
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O projeto de aprofundamento do Porto de Santos deve incorporar engenharia, tecnologias; modelo de contratação e controle inovadores. De sorte a otimizar movimentação de carga com eficiência, especialmente de contêineres, por navios modernos de grandes calados e reduzir a emissão de CO2. Assim, ser um processo eficaz de estabelecer profundidades com volume de dragagem adequado, mínimo impacto ambiental e custo razoável.
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É prioritária a elaboração de um contrato de Parceria-Público-Privada, (PPP) com visão de resultado: um porto concentrador (hub) e aumento sustentável da área do porto organizado. De forma a abranger a manutenção das profundidades e a dragagem de aprofundamento para expansão necessária e possível do Porto de Santos, como paradigma inovador, com operações mais intensas e ágeis.
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Por certo, dragar e assegurar profundidades para receber navios modernos, alguns com altura da torre Eifel e do Empire State, fomenta a competitividade do Porto de Santos e é uma meta permanente. Isto é necessário também para expandir a atual área do complexo portuário. E tem importância o estudo em modelo reduzido. Em síntese, uma competência em dragagem de excelência que constitui um acervo da comunidade portuária santista.
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