Quase sempre sabemos onde, mas nunca sabemos quando as catástrofes vão acontecer. ( Arsênio O. Sevá Filho)
É preciso falar sobre Porto Verde ao abordar o novo terminal de uso privado da Alemoa. Pois são devidas atenção e ação efetivas, dos órgãos responsáveis pelo controle e licenciamento de atividades geradoras de poluição. Dar legitimidade a um projeto, que incorpora a impossibilidade de falhas, como as verificadas no maior incêndio da história do Porto de Santos, do tanque da Ultracargo. Ao mesmo tempo, que incorpore novas visões e práticas universais de sustentabilidade ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em inglês).
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Por razões logísticas, esse projeto da Alemoa próximo à cidade, por ter melhor acesso às vias de transporte terrestre, atrai os operadores do terminal da Ilha Barnabé, na outra margem do estuário, onde são armazenados líquidos inflamáveis. Entretanto, não se percebe um Porto Seguro, por falta de um planejamento com análise de avaliação de consequências e vulnerabilidade, um debate amplo com a comunidade ameaçada.
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Ao tratar do Porto Verde, implica uma aliança sustentável Porto-Cidade conectada à economia global, como Portogente abordou em webinar temático, refletindo também uma cidade portuária verde. Outrossim, promover segurança jurídica para atrair investidores exigentes de práticas coerentes com mercados interligados por sistemas globais de comércio. Constituindo um ecossistema portuário com vida urbana figurando entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.
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Não se pode transformar a cabeceira do estuário de Santos em uma bomba ameaçadora, ao se tolerar o navio tanque de gás, do grupo Cosan, que o professor pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus Baixada Santista, Jeffer Castelo Branco, comparou ao poder de explosão equivalente a 55 bombas de Hiroshima. Práticas incompatíveis com a ciência para uma vida sustentável e uma perspectiva da trágica explosão que se assistiu, recentemente, no porto de Beirute, no Líbano.
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Na expressão de especialistas, o condomínio da Alemoa é um perigo para o porto e para a cidade: falta planejamento e falta controle. É preciso discutir a responsabilidade de ações e discutir com as universidades locais; promover comunicação sobre esse quadro incompatível com a atividade portuária moderna e garantir segurança. Uma realidade portuária muito além do que alcança o braço da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), para assegurar o a boa relação do Porto e a Cidade de Santos.
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Portogente vai ouvir as universidades locais sobre a movimentação de mercadorias perigosas no Porto de Santos a partir do caso do terminal de Alemoa, É fundamental refletir as rotas de fugas, para evitar o caos que a cidade enfrentou no incêndio do tanque da Ultracargo. Um debate com referência de soluções nos principais portos do mundo, que participarão e serão ouvidos. Assim, construir uma relação Porto Verde-Cidade de Santos com práticas globais.
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