“Retro áreas integradas por meio do sistema hidroviário, visando otimizar a movimentação de cargas, especialmente de importação e exportação, pelo Porto de Santos” (relatório da FDTE)
A reforma da ponte dos Barreiros, sobre o rio Casqueiro, ligando São Vicente com a sua área continental, onde residem mais de 150 mil pessoas, vai instalar também linhas do veículo leve sobre trilhos -VLT. Entretanto, não foi explicado até agora, se terá calado aéreo: altura da ponte que permite cruzamentos por barcos. As propostas para realização das obras serão recebidas no ´próximo dia 25. Assim, irá agregar mobilidade avançada àquela região, ao promover uma ligação multimodal e travessia atrativa.
Transporte hidroviário sob ponte com calado aéreo.
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* Porto de Santos além do tempo atual
Indubitavelmente, uma obra que irá construir uma pujante liderança política de Tarcísio de Freitas na Baixada Santista. Portogente contatou o gabinete do governador de São Paulo para tratar do projeto das hidrovias do Porto de Santos, que será afetado por essa travessia. Visto que, elas poderão ser construídas como infraestrutura do projeto porto-indústria, anunciado recentemente pelo governador. Estruturado em aglomerados (clusters), potencializa a produção cooperativa e logísticas ágeis junto ao transporte marítimo. Desta forma, fomenta o empreendedorismo.
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Entretanto, o projeto porto-indústria precisa ser um debate mais comprometido com a sua implantação. Com raízes familiares em São José dos Campos, Tarcísio conhece bem o maior aglomerado tecnológico da aviação, da América do Sul, uma experiência de anos e muito exitosa de produção industrial e tecnológica. E pode ser útil, como exemplo, na implantação do porto-indústria, uma ideia perseguida desde a década de 90 e que, mesmo tão falada, não chegou, ainda, no principal porto do Brasil. Um modelo de produção regional aglomerada junto ao porto e atrelada à exportação isenta parcialmente de impostos, bem como conectada às redes globais.
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Os novos arranjos anunciados para o Porto de Santos integrando o porto-indústria e a rede hidroviária, são incontestáveis. Entretanto, na conjuntura atual, trata-se de um limite determinado por um programa com cronogramas de obras e de volume de empreendimentos, que não se conhece, no plano da autoridade portuária de Santos até 2030. E nisto está o futuro incerto de um porto organizado, que recebeu o primeiro navio em 2-2-1892, não parou de crescer por mais de 100 anos e, hoje, tem parâmetros competitivos superados.
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Expor uma proposta de porto-indústria de Santos, sem levar em conta os limites geográficos da região, é um discurso sem veracidade suficiente. Pois, ultrapassá-los, implica desafios de engenharia, tecnologia, transportes complexos e sustentabilidade, exigidos e compondo um projeto integrado. Daí a relação dos anúncios do governo do estado de São Paulo, da nova travessia pela ponte dos Barreiros e do porto-Indústria, implicar no compromisso com a rede hidroviária da Baixada Santista. Ou, tudo isso, será pedra no caminho para o futuro da região.
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