O sistema ferroviário americano é uma rede de trilhos de longo alcance que serve praticamente todas as comunidades nos Estados Unidos (Willyiam Hay)
O segundo livro Transporte Ferroviário, História & Técnicas, do Mestre Engenheiro Sílvio dos Santos, promove uma oportuna reflexão do transporte no Brasil. Ao destacar o importante papel do modal ferroviário, foca o processo de desenvolvimento do País de extensões gigantes. Apesar da sua secular utilização, no transporte de carvão na Europa no século XVI e em 1854 ter sido inaugurada a primeira linha de trem no Brasil, a preferência brasileira pelo modal rodoviário atrasou a implantação de ferrovias nacionais. E subtraiu competitividade do nosso produto no mercado mundial.
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A atual conjuntura informacional e tecnológica no controle da entrega da carga, com tempo e custo menores, assegura uma valiosa relação entre gestão e resultados. Dessa forma, os dados são coletados e interpretados em tempo real, propiciando uma nova análise da propalada teoria de 1/3 da carga ser transportado pelo modal ferroviário e atrela a demanda deste transporte às reais exigências do mercado. Assim, otimiza o controle da produtividade do transporte e cria alto nível de atividade na economia.
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O desmonte das ferrovias, que se assistiu na década de 70, ainda não foi bem superado e nem há horizonte da operação eficiente do modal, em relação ao rodoviário. Tanto no transporte de mercadorias, quanto no de passageiros para o trabalho e o turismo, como ocorre com destaque na Europa. Entretanto, a partir da Lei 3754/21, que instaura o instituto da outorga por autorização para o setor ferroviário, a iniciativa privada poderá construir e operar ferrovias e infraestrutura ferroviária com recursos 100% privados.
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A análise da demanda indica muita oportunidade. De um modo geral, nossas ferrovias estão aquém do papel que lhes cabe para integrar áreas da produção exportada por portos. Os pátios portuários carecem de estrutura para superar resistências ao fluxo das composições. Por isto, e como aponta Sílvio dos Santos, resulta um transporte ferroviário moroso e nem sempre mais barato do que o rodoviário. Consequentemente, impede que o transporte intermodal seja uma alternativa ao transporte rodoviário de ponta a ponta.
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Em 12 de dezembro próximo, Portogente lança o hotsite Porto Ferroviário, uma sala digital onde Sílvio dos Santos irá debater, com fatos e números, soluções ferroviárias e cooperar para o produto nacional aumentar a sua competitividade nos mercados local e distante. Visto que as empresas, cada vez mais, enfrentam a necessidade de expandir suas operações para a arena global.
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