Ao passar do kilotonnes ao kilobits, a tecnologia muda a atividade portuária de reativa à proativa
Depois de 25 anos de experiência exitosa com o porto municipalizado, que desenvolve pujantemente a região e expandiu a sua competitividade além do estado, Itajaí-SC, se mobiliza em defesa da renovação dessa delegação. Um modelo de autoridade portuária que governa os principais portos do mundo. Porém, sabe-se lá o porquê, a Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) opõe-se a esse sucesso e não reconhece que é chegada a hora de municipalizar o Porto de Santos (SP).
Acervo Portogente.
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Assim como insistiu em vão para adotar o modelo dos portos australianos, o ministério da Infraestrutura – Minfra erra mais uma vez, ao achar que Autoridade Portuária de Santos deve ser privatizada. Isso tem atrasado sobremaneira a reforma urgente dos portos. Como afirma Frederico Bussinger sobre os dados do projeto governamental para as ferrovias de Santos: “nem sempre as projeções e dados são consistentes. Também Portogente já apontou essa logística ferroviária como uma barreira ao futuro.
Artigo | Frederico Bussinger
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Em seu Trabalho de Conclusão de Curso, na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, em 11/2013, o autor, atual secretário Nacional de Portos, engenheiro Diogo Piloni, propõe “a verificação da importância estratégica nacional desses portos (municipalizados)”. Diferente da sua nova posição deliberada, sem diálogo e contrária a soluções avançadas e compatíveis com a forma atual de tomar decisões, mais ágeis e transparentes.
Editorial
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É hora de diálogo. Santos2050 é uma proposta robusta, resultante de conhecimentos teórico e prático, útil para tornar o Porto de Santos, por sua característica urbana, um super porto no moderno cenário tecnológico e da sustentabilidade. Principalmente, como superar as suas limitações para ser competitivo no novo comércio marítimo e promover o desenvolvimento da sua região – local e hinterlândia -, com projetos confiáveis para atrair investimentos.
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Indubitavelmente, a privatização necessária no Porto de Santos não é a da autoridade portuária, como equivocadamente propõe o projeto do Minfra. O que deve ser privatizada é a manutenção dos acessos portuários, por terra e mar. A Prefeitura e a Câmara Municipais precisam entender o papel e o benefício da Autoridade Portuária municipalizada para Santos, e tomar posição em defesa do futuro da cidade, intimamente ligado ao porto.
Editorial
* Túnel imerso do Porto de Santos na travessia ao futuro
Municipalização do Porto de Santos é uma bandeira antiga da cidade, uma solução moderna e compatível com o propósito menos Brasília, mais Brasil, para enxugar o Estado. Com certeza as forças políticas locais assumirão a frente dessa conquista, como fazem as de Itajaí em defesa do porto. Não se pode perder tempo e o futuro com vaidades.
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